Conceito de Prunus persica (pessegueiro)
Designação científica (designação comum) | ||||||
Reino | Filo | Classe | Ordem | Família | Género | Espécie |
Plantae | Magnoliophyta | Magnoliopsida | Rosales | Rosaceae | Prunus | Prunus persica |
Distrib. Geográfica | Estatuto Conserv. | Habitat | Necessidades Nutricionais |
Longevidade |
oriunda da China, cultivada como árvore de fruto | não avaliada | Terrenos cultivados | solos ricos em matéria orgânica e ferro | _ |
Características Físicas |
|
Anatómicas | folhas lanceoladas que surgem depois das flores, flores sésseis, normalmente solitários, frutos comestíveis |
Tamanho | atinge no máximo até 6 metros de altura |
planta caducifólia |
Pessegueiro é o nome comum atribuído aos elementos da espécie Prunus persica, pertencentes ao género Prunus, da família Rosaceae. Visto tratar-se de uma espécie cultivada, com uma grande regularidade, existem diversas variedades, desta espécie, que apresentam algumas diferenças da espécie inicial. Esta árvore pertence ao mesmo género das cerejeiras, das amendoeiras, dos abrunheiros e das ameixeiras.
Apesar do seu nome, pensa-se que o pessegueiro pode ter tido origem na China. No entanto, o seu cultivo espalhou-se rapidamente, sendo cultivada um pouco por todo o mundo com o intuito de obter o seu fruto, o pêssego, tornando difícil determinar correctamente a sua origem. A introdução do pessegueiro na Europa deveu-se, muito provavelmente, ao império Romano, que a trouxe da Pérsia (Irão), após a conquista desse território.
Não é uma espécie com elevada longevidade, não produzindo frutos muito depois de atingir os 20 anos, não vivendo mais do que 30 anos. Esta espécie prefere climas temperados, com temperaturas quentes, no entanto, necessitam de temperaturas frias para se desenvolverem bem. Não são tolerantes bem as geadas de primavera, as quedas abruptas de temperatura podem danificar os seus botões florais, pondo em causa a produção desse ano.
Os pessegueiros dão preferência a solos profundos e bem drenados com muita matéria orgânica, os solos arenosos são os melhores. Estas árvores necessitam de muito ferro para se desenvolverem de forma adequada. Não suportam solos muito encharcados, nem climas muito húmidos, com elevada precipitação anual, pois necessitam de estar bastante expostos à luz solar.
As árvores como o pessegueiro sofrem com diversas pragas, como os afídios, os pássaros e a mosca da fruta. Estas árvores também podem sofrer com cancros e com doenças causadas por vírus.
O pessegueiro é uma árvore de pequeno porte, nunca atingindo alturas muito superiores aos 6 metros. O seu tronco é castanho acinzentado podendo apresentar fissuras superficiais.
A sua copa é bastante densa e caduca, perdendo as suas folhas na época mais desfavorável. A sua folhagem caracteriza-se por possuir folhas longas, estreitas (apresentando a forma de uma lança) e de cor verde-claro, a margem destas é serrilhada. As folhas encontram-se muitas vezes dispostas de forma alterna.
As suas flores são roxas ou rosa, por vezes apresentam cor branca, são solitárias, podendo surgir aos pares. Na maior parte das vezes, estas flores surgem antes das folhas se desenvolverem completamente.
A sua época de floração (em Portugal) ocorre geralmente entre Março e Maio. A polinização é realizada por insectos polinizadores ou através do vento, no entanto, esta espécie não necessita da ocorrência de polinização cruzada para se reproduzir, podendo autopolinizar-se.
Os seus frutos são comestíveis, apresentando forma de globo, sendo considerados drupas. O pêssego apresenta diversas cores, desde amarelo, passando pelo laranja, até ao vermelho, por vezes pode ser matizado.
Algumas variedades apresentam a camada superficial, do fruto, coberta com pelo, enquanto outras variedades são completamente lisas (nectarinas). O seu mesocarpo é bastante sumarento e doce, no entanto, a porção mais interna (o endocarpo) é bastante duro apresentando estrias. Os seus frutos possuem um cheiro bastante característico.
O facto de o seu mesocarpo ser mole leva a que seja um fruto que pisa muito facilmente, além de apodrecer muito rapidamente depois de ser retirado da árvore. Novamente, este facto apenas se verifica em alguns cultivares, pois algumas variedades foram produzidas especificamente para perderem essas características, tornado o fruto mais duro e resistente.
Estas árvores de fruto surgem normalmente em pomares ou jardins com o intuito de produzir o seu fruto. Esta fruta pode ser consumida fresca, sob a forma de sumo ou ainda ser conservada através da criação de compotas, geleias, cristalizada, enlatada ou como ingrediente em doces ou salgados.
Todas as partes desta planta possuem propriedades medicinais. O seu fruto possui propriedades laxantes, diuréticas e depurativo, podendo por isso ser usado no tratamento de alguns problemas médicos. As suas folhas, flores e sementes podem ser usadas como calmantes.
Devido às suas inúmeras propriedades, o pessegueiro é uma planta muito utilizada, na medicina alternativa, para o tratamento de diversas doenças. As diferentes partes do pessegueiro também são usadas na criação de cosméticos como, por exemplo, mascaras faciais.
A título de curiosidade o genoma do pessegueiro já foi completamente sequenciado, em 2010, esta árvore não apresentava uma grande diversidade genética, muito provavelmente devido ao processo de domesticação, realizado pelo ser humano.
References:
Scarpare Filho, João Aleixio; Minami, Keigo; Kluge, Ricardo Alfredo (2000).Intensidade De Raleio De Frutos Em Pessegueiros Flordaprince Conduzidos Em Pomar Com Alta Densidade De Plantio. Pesq. agropec. bras., Brasília, v.35, n.6, p.1109-1113
(2015).Prunus persica. Jardim Botânico da UTAD. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douto. Consultado em: Dezembro 31, 2015, em http://jb.utad.pt/especie/prunus_persica