Membrana plasmática

A membrana plasmática é uma película que delimita o conteúdo celular e forma uma barreira semipermeável seletiva…

A membrana plasmática é uma película que delimita o conteúdo celular e forma uma barreira semipermeável seletiva que, através da qual, têm de passar todos os materiais que entram e saem da célula.

Todas as células estão envolvidas por uma membrana plasmática que as separa fisicamente do meio circundante, chamado de meio extracelular.

Ao ser capaz de regular a entrada e saída de materiais da célula, a membrana plasmática ajuda a manter o meio interno adequado às condições favoráveis de suporte à vida.

A membrana plasmática, tal como todas as membranas biológicas, são estruturas complexas dinâmicas compostas por lípidos e proteínas que estão em constante deslocação.

Composição da membrana plasmática

  1. Os fosfolípidos são os lípidos maioritários e dispõem-se numa bicamada

Os fosfosfolípidos que compõem as membranas são as suas moléculas principais e são, em grande medida, as responsáveis pelas suas propriedades.

Os fosfolípidos têm a capacidade de se disporem naturalmente numa camada dupla. Isto acontece porque estas moléculas são anfipáticas, isto é, têm uma região uma região hidrofóbica (insolúvel em água) e outra região hidrofílica (solúvel em água).

Cada molécula de fosfolípido possui duas cadeias de ácidos gordos que formam a parte hidrofóbica e possui também um grupo fosfato ligado, por sua vez, a um composto orgânico que forma a parte hidrofílica desta molécula.

As membranas celulares das células dos mamíferos contêm quatro fosfolípidos maioritários, nomeadamente:

a) Fosfatidilcolina;

b) Fosfotidilserina;

c) Fosfotidiletanolamina;

d) E esfingomielina.

Em seres mais simples, como a bactéria E. coli, a fosfotidiletanolamina é predominante, constituindo cerca de 80 % dos lípidos membranares.

Atualmente pensa-se, de acordo com o modelo do mosaico fluido, que a membrana celular consiste numa bicamada lipídica fluida composta de fosfolípidos, entre os quais estão embebidas ou associadas proteínas.

  1. As proteínas da membrana podem ser periféricas ou integrais

São observadas dois tipos de proteínas nas membranas celulares:

a) Proteínas membranares integrais que atravessam parcial ou totalmente a membrana;

b) Proteínas membranares periféricas que estão localizadas na superfície interna ou externa da membrana plasmática mas não embebidas. Normalmente aparecem ligadas não covalentemente à região exposta das proteínas integrais.

As proteínas da membrana desempenham diversas funções que incluem:

a) Transporte – permitem a passagem de moléculas pela membrana;

b) Comunicação – algumas proteínas são receptores que recebem informação de outras células através de sinais químicos ou elétricos e podem transmitir essa informação para o interior da célula através da transdução de sinal;

c) Enzimática – muitas proteínas catalisam reações perto da membrana plasmática.

Existem dois tipos abrangentes de proteínas de transporte membranar, concretamente:

a) Proteínas de canal que formam poros abertos na membrana e permitem a passagem de qualquer molécula de tamanho apropriado, como, por exemplo, iões. Os canais não estão permanentemente abertos, mas são, sim, regulados em resposta a sinais extracelulares;

c) Proteínas carrier que se ligam seletivamente e transportam pequenas moléculas como a glucose. A ligação à molécula específica faz com que o carrier sofra uma alteração conformacional que permite a sua passagem para o outro lado

  1. O colesterol da membrana contribui para a sua fluidez

O teor de colesterol presente na membrana plasmática influencia o seu grau de fluidez de forma determinante.

O colesterol contribui para a manutenção da fluidez membranar a temperaturas mais baixas.

As moléculas de colesterol são hidrofóbicas e intercalam-se entre as moléculas de fosfolípidos.

  1. Os glúcidos da membrana constituem o glicocálice

A porção extracelular das proteínas membranas estão geralmente glicosiladas, isto é, ligadas a glúcidos.

Da mesma forma, também há lípidos glicosilados (chamados de glicolípidos) cuja porção açucarada encontra-se exposta no lado extracelular da membrana.

Assim, as porções de oligossacáridos tanto das glicoproteínas como dos glicolípidos formam uma cobertura à superfície da célula chamada de glicocálice.

Estes glúcidos na superfície extracelular da membrana servem de marcadores para o reconhecimento entre células.

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References:

  • Cooper, G.M., Hausman, R.E. (2009). The cell: a molecular approach. Massachusetts: Sinauer Associates, Inc.
  • Purves, W.K., Orians, G.H., Heller, H.C., Sadava, D. (1998). Life, the science of Biology. Massachusetts: Sinauer Associates, Inc.
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