Os Diplomonadida são um grupo de Protistas composto por protozoários flagelados. São quase todos simbiontes de outros organismos, mas existem também alguns géneros onde ocorrem formas com vida livre.
As formas de vida livre ocorrem, geralmente, em ambientes aquáticos eutróficos. A maioria dos Diplomonadida são, no entanto, comensais inofensivos do trato digestivos de animais. Alguns são patogénicos, como a espécie Hexamida salmonis, um parasita de peixes responsável por um elevado número de mortes em viveiros de salmão e de truta. A espécie Giardia intestinalis parasita humanos e causa diversas afecções como diarreia, desidratação ou cólicas intestinais.
As primeiras espécies que foram descritas dentro deste grupo exibiam uma simetria dupla caracterizada por um par de sistemas cariomastigontes. A designação ‘Diplomonadida’ surgiu como referência a esta característica. Mais tarde, foi descoberto que as espécies pertencentes ao género Enteromonas possuem apenas um único sistema cariomastigonte. O sistema cariomastigonte é composto por um conjunto de fibras que tem origem no corpo basal do flagelo e que se associam ao núcleo.
Características gerais dos Diplomonadida
Os organismos deste grupo são unicelulares, e a célula é apenas rodeada pela membrana plasmática. A rigidez da célula é obtida somente pelo suporte fornecido pelos microtúbulos que se associam ao corpo basal dos flagelos.
Os Diplomonadida movimentam-se através de flagelos, que podem variar em número, conforme a espécie. Tipicamente, exibem oito flagelos. Possuem mitocôndrias e, a grande maioria, exibe dois núcleos vesiculares com um nucléolo reduzido. A divisão nuclear é sincronizada entre os dois núcleos e ocorre por mecanismos de ortomitose semiaberta com a presença de centríolos. Existe a formação de um fuso mitótico providenciado pelos corpos basais dos flagelos.
A reprodução assexuada dá-se por fissão binária ao longo do eixo longitudinal (divisão simetrogénica). Não se conhece nem meiose nem reprodução sexuada neste grupo. As células dos Diplomonadida não possuem plastídios.
References:
Brusca, Richard C. and Brusca, Gary J. (2002). Invertebrates. Sinauer Associates, 2ª Edição.