As Chrysophyceae, também chamadas de crisofíceas, ou algas douradas são um vasto grupo de algas. A maioria das espécies são seres unicelulares de água doce, apesar de existirem também no mar e em estuários (Hernández-Becerril 2014). Possuem uma grande variedade morfológica e em modos de nutrição, sendo a maioria fotoautotróficos apesar de existirem também seres heterotróficos e mixotróficos.
Os mais comuns geralmente possuem uma forma unicelular flagelada, mas muitas espécies formam colónias com diferentes formas, sendo algumas delas bastante elaboradas. Uma das mais comuns são os organismos com o talo ramificado. As células apresentam dois flagelos de tamanho e forma diferente (heterocontos). O flagelo maior apresenta duas filas de mastigonemas enquanto que o mais pequeno só apresenta umas poucas fibrilas (Nicholls & Wujek 2015).
Algumas células não possuem uma rígida parede celular e são capazes de movimentos ameboides, ainda que também passem por estados com flagelos (Hibberd 1971). Outros membros são sésseis e podem encontrar-se rodeados de uma substância gelatinosa ou por uma parede celular. Outras produzem escamas orgânicas ou de sílica, enquanto que outras produzem armaduras de celulose, de quitina, de sílica ou calcaria.
Fazem parte dos componentes principais do fitoplâncton. Os seus pigmentos são a clorofila a, c1 e c2, e a fucoxantina, um pigmento que lhes confere a cor acastanhada, entre outros que mascaram a cor verde da clorofila.
Membros das crisofíceas, preferem águas limpas e frias, mas também podem crescer a temperaturas mais elevadas. Em condições desfavoráveis podem formar quistos e se existe escassez na alimentação podem trocar o modo de vida fotossintético por um modo de vida heterotrófico. A reprodução pode ser assexual ou sexual, sendo a primeira a forma mais comum.
Membros mais comuns são os do género Rhizochrysis, que formam extensões celulares ramificadas; Ochromonas que são unicelulares flagelados; Dinobryon que tem armadura ou concha e que é séssil; Chrysosaccus, que não possuem parede celular e são rodeadas por um mucos gelatinoso; Hydrurus que formam filamentos gelatinosos.
Imagens e créditos por ordem: Rhizochrysis sp., Ochromonas sp., www.cfb.unh.edu; Dinobryon, http://www.microscopy-uk.org.uk/; Chrysosaccus, www.cfb.unh.edu; Hydrurus, www.diatom.huxley.wwu.edu
References:
- Hernández-Becerril, D.U. 2014. Biodiversity of marine planktonic algae (Cyanobacteria, Prasinophyceae, Euglenophyta, Chrysophyceae, Dictyochophyceae, Eustigmatophyceae, Parmophyceae, Raphidophyceae, Bacillariophyta, Cryptophyta, Haptophyta, Dinoflagellata) in Mexico. Revista Mexicana de Biodiversidad 85:544-555
- Hibberd, D.J. 1971. Observation on the cytology and ultrastructure of Chrysamoeba radians Klebs (Chrysophyceae). Br. Phycol. J. 6:207-223
- Nicholls, K.H, Wujek, D.E. 2015. Chapter 12 – Chrysophyceae and Phaeothamniophyceae in: Freshwater Algae of North America (second edition) – A volume in Aquatic Ecology, ed: Wehr, JD, Sheath, RG, Kociolek, RP, Academic Press Inc., 537-586