Violência física no namoro

A violência física no namoro diz respeito a qualquer atitude agressiva, como um estalo ou murro, exercido entre casais de namorados.

A violência física no namoro diz respeito a qualquer atitude agressiva, como um estalo ou murro, exercido entre casais de namorados. Na maioria das vezes, observa-se entre adolescentes e jovens adultos.

Quanto à violência no namoro, Aldrighi (2004) verificou, através dos seus trabalhos acerca da violência, que a mesma tem tido cada vez maior incidência ainda na fase do namoro, acabando por se agravar depois do casamento.

Fala-se nesta ponte porque, habitualmente, quando nos deparamos com situações de violência doméstica, a mesma já começava a dar sinais na juventude durante o período de namoro entre os conjugues (Aldrighi, 2004).

De acordo com os trabalhos da autora, quando falamos de violência física no namoro, alamos de situações no geral, o que inclui a violência sexual (Aldrighi, 2004).

A autora fala ainda do facto de os indicadores mostrarem que os jovens que exercem violência no namoro, desenvolvem, ao longo da construção da sua personalidade, perturbações de comportamento que se manifestam significativamente na vida adulta (Aldrighi, 2004).

Ao nos referirmos à violência física, é importante compreender exatamente em que consiste a mesma, pelo que os estudos indicam tratar-se de algo que provoca destruição física de forma intencional, através de murros, pontapés, estalos, empurrões, cabeçadas, apertar o pescoço, bater com a cabeça do outro no chão, violência sexual, arremesso de objetos ou mesmo, tentativa de disparar armas de fogo (Aldrighi, 2004; Matos, Machado, Caridade, & Silva, 2006).

Segundo Aldrighi (2004) da mesma forma, há que compreender em que consiste o namoro, sendo que os estudos apontam para a definição de uma relação a dois que interagem entre si com atividades conjuntas, as quais, pretendem manter e prolongar no tempo e no espaço, até que, eventualmente, uma das partes decida terminar ou, por outro lado, ambos decidam seguir em frente e partir para um noivado, morar juntos ou casar.

Devido às repercussões acima mencionadas, a autora defende que, quando se fala em violência física no namoro, é totalmente imprescindível compreender e intervir o mais rapidamente possível n sentido da prevenção para que os comportamentos fisicamente agressivos a ela associados, não acabem por “cavalgar” no sentido da violência conjugal e doméstica, a qual, pode acabar num ponto sem retorno (Aldrighi, 2004).

Como sabemos que é impossível conseguir o sucesso da prevenção em grande parte dos casos, Matos, Machado, Caridade e Silva (2006) referem que, além da prevenção, é necessário intervir no sentido de fazer os adolescentes e jovens compreenderem o que devem fazer quando se vêem perante uma situação em que estão a ser vítimas de violência quer física quer psicológica no namoro.

Para tal, é necessário que os mesmos saibam que estão numa situação cuja preocupação é de caris comunitário, pelo que podem e devem procurar ajuda (Matos, Machado, Caridade, & Silva, 2006).

É ainda importante perceber que a violência entre casais, seja ela no namoro ou no casamento, deve ser sempre vista dos dois lados da balança já que assistimos, cada vez mais, à violência da mulher para com o homem, embora não se observe um número tão grande de denúncias por questões sociais e culturais.

Em alguns estudos paralelos acerca do mesmo assunto, verifica-se mesmo maior taxa de agressão física por parte das raparigas, quando a mesma é menos grave, do que no caso dos rapazes. Nestes casos, as mesmas chegam mesmo a admitir que já deram “uma bofetada” nos seus parceiros (Matos, Machado, Caridade, & Silva, 2006).

Conclusão

A violência física no namoro mostra-se como uma preocupação de caris comunitário e que se trata de uma situação do âmbito da saúde pública. Podemos verificar, ao longo de todos os trabalhos e estudos que já foram sendo feitos ao longo dos tempos, que a mesma evolui, na maioria dos casos, para o casamento, devido à falta de intervenção precoce a que ainda assistimos. O flagelo acontece porque os jovens entram em relacionamentos afetivos sem terem a noção dos limites e daquilo que é e que não é aceitável, pelo que, cada vez mais, é importante implementar programas educativo como fora de prevenir danos maiores.

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References:

  • Aldrighi, Tânia, (2004). Prevalência da violência física no namoro entre jovens universitários do Estado de São Paulo – Brasil. Psicologia: teoria e prática, 6(1), 105-120. Recuperado em 4 de fevereiro de 2018 de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872004000100009;
  • Matos, M., Machado, C., Caridade, S., & Silva, M.J. (2006). PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA NAS RELAÇÕES DE NAMORO. INTERVENÇÃO COM JOVENS EM CONTEXTO ESCOLAR. Psicologia: Teoria e Prática – 2006, 8(1): 55-75. Recuperado em 4 de fevereiro de 2018 de http://www.redalyc.org/html/1938/193818626004/.
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