O vínculo familiar é o tipo de relação estabelecida entre pessoas que pertencem à mesma família e que podem ou não, ser do mesmo sangue.
De acordo com alguns estudos o vínculo familiar ganhou uma maior importância a partir da década de 1950, quando o mesmo passou a ser uma característica da família tradicional (Amazonas, Damasceno, Terto, & Silva, 2003).
É através dos vínculos familiares que a maior parte das pessoas estabelece as suas primeiras ferramentas de socialização com base na cultura e nos padrões da família (Amazonas, Damasceno, Terto, & Silva, 2003; Pratta, & Santos, 2007).
Esta teoria é corroborada por trabalhos que mencionam não só o facto de a família ser o primeiro vínculo que a criança estabelece, mas também no facto de ser significativamente importante para a construção da personalidade e do comportamento (Pratta, & Santos, 2007).
O vínculo familiar permite que possamos construir a nossa identidade inicial e que vai influenciar a nossa identidade futura (Amazonas, Damasceno, Terto, & Silva, 2003).
Entende-se como vínculo familiar aquele tipo de relação que é estabelecido entre pessoas que podem, ou não, ser do mesmo sangue e do mesmo domicílio e onde se existem relações de poder, de afeto, de organização e de desempenho entre cada um dos familiares (Amazonas, Damasceno, Terto, & Silva, 2003).
Este tipo de relação com vínculos estabelecidos, vai depender de vários fatores como o tempo, a geração, a época e até mesmo a localização (Amazonas, Damasceno, Terto, & Silva, 2003). Todas estas variáveis influenciam o vínculo familiar de uma forma que o leva a ser diferente de família para família (Amazonas, Damasceno, Terto, & Silva, 2003). Por esse motivo, alguns vínculos também se tornam melhores e outros menos bons (Amazonas, Damasceno, Terto, & Silva, 2003).
Assim, a família tem a responsabilidade de transmitir os vínculos estabelecidos às gerações mais novas, no sentido de ensinar a gerir as exigências do ambiente e a conviver em sociedade (Pratta, & Santos, 2007).
Conclusão
Os estudos acerca do vínculo familiar permitem-nos compreender que este, na maioria das vezes, é o primeiro meio de socialização da criança e que, através das suas regras, padrões, valores e cultura, influencia na construção da personalidade e no comportamento futuro. Por esse motivo, e tendo em conta que as famílias são todas diferentes, mediante vários fatores, como por exemplo, a cultura, alguns vínculos vão ser mais saudáveis e outros menos saudáveis.
References:
- Amazonas, M.C.L.A, Damasceno, P.R, Terto, L.M.S, & Silva, R.R. (2003). ARRANJOS FAMILIARES DE CRIANÇAS DAS CAMADAS POPULARES. Psicologia em Estudo, Maringá, v.8, num. Esp., p.11-20, 2003;
- Pratta, E.M.M, & Santos, M.A. (2007). FAMÍLIA E ADOLESCÊNCIA: A INFLUÊNCIA DO CONTEXTO FAMILIAR NO DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO DE SEUS MEMBROS. Psicologia em Estudo, Maringá, v.12, n. 2, p. 247-256, maio, ago. 2007. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/pe/v12n2/v12n2a05