Famílias monoparentais

As famílias monoparentais, habitualmente geridas por uma mulher e um ou mais filhos, encontram, frequentemente, dificuldades devido à sobrecarga da matriarca da família.

As famílias monoparentais, habitualmente geridas por uma mulher e um ou mais filhos, encontram, frequentemente, dificuldades devido à sobrecarga da matriarca da família.

Alguns estudos entendem que as famílias monoparentais, habitualmente geridas por mulheres, são cada vez em maior número, e muito frequentemente, geridas num nível sócio-económico (NSE) baixo em que a mulher acaba por ter uma enorme sobrecarga sobre os ombros (Yunes, & Garcia, 2014; Yunes, Mendes, & Mello, 2005).

Em alguns casos a situação destas famílias monoparentais agrava quando aparecem doenças que dificultam a possibilidade da provedora da casa de poder trabalhar de forma independente para garantir o sustento do seu dependente, ou, em vários casos, dos seus dependentes (Yunes, Mendes, & Mello, 2005).

Nestas circunstancias, impõe-se a necessidade de procurar apoio social que permita um acolhimento destas famílias, para evitar que as mesmas caiam em risco psicossocial (Yunes, & Garcia, 2014; Yunes, Mendes, & Mello, 2005).

Nestas circunstancias, o cenário é, maioritariamente, de vulnerabilidade e fragilidade, tanto no âmbito da saúde destas famílias como até mesmo na dinâmica entre os membros, uma vez que algumas variáveis influenciam significativa e negativamente a sua estrutura, como baixa escolaridade, fome, analfabetismo, o já falado baixo NSE, o desemprego, entre outras variáveis tão ou mais grave (Yunes, Mendes, & Mello, 2005).

Estas são algumas das adversidades a ter em conta, por parte dos agentes sociais de apoio, para fazer uma análise destas famílias e procurar proporcionar melhores condições de vida para as mesmas (Yunes, & Garcia, 2014).

Não é raro que estas famílias acabem por entrar em cenário de exclusão social e, em contextos mais graves, sem a possiblidade de ter o devido apoio por parte das instituições (Yunes, Mendes, & Mello, 2005).

O foco de intervenção junto das famílias monoparentais com todas estas limitações, é, sobretudo, a resiliência, com o objetivo de promover a oportunidade de as mesmas terem acesso a recursos saudáveis de desenvolvimento e de educação (Yunes, & Garcia, 2014).

Conclusão

As famílias monoparentais são, maioritariamente geridas por mulheres, e, em muitos casos, em situação de pobreza, ou seja, baixo NSE, e fraca dinâmica familiar, devido ao facto de a mulher ter a sobrecarga do baixo rendimento e da dependência de um ou mais filhos que estão ao seu cargo. Nesse sentido, é, muitas vezes, necessário procurar ajuda forma, junto de agentes de apoio social, que, de acordo com a análise da condição social destas famílias, deverão procurar uma intervenção que promova a possibilidade de desenvolvimento e inclusão social deste núcleo familiar, com oportunidades iguais às de outras realidades.

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References:

  • Yunes, M.A.M, & Garcia, N.M. (2014). Monoparentalidade, Pobreza e Resiliência: Entre as Crenças dos Profissionais e as Possibilidades da Convivência Familiar. Psicologia: Reflexão e Crítica, 20(3), 44-453. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/prc/v20n3/a12v20n3;
  • Yunes, Maria Angela Mattar; Mendes, Narjara Fernandes; Albuquerque, Beatriz de MelloPERCEPÇÕES E CRENÇAS DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE SOBRERESILIÊNCIA EM FAMÍLIAS MONOPARENTAIS POBRESTexto & Contexto Enfermagem, vol. 14, 2005, pp. 24-31Universidade Federal de Santa CatarinaSanta Catarina, Brasil. Disponível em https://www.redalyc.org/pdf/714/71414365003.pdf.
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