Perturbação afetiva bipolar

A perturbação afetiva bipolar leva o doente a ver toda a sua vida afetada pela doença, o que limita significativamente a qualidade da mesma em todas as áreas.

A perturbação afetiva bipolar leva o doente a ver toda a sua vida afetada pela doença, o que limita significativamente a qualidade da mesma em todas as áreas.

A perturbação afetiva bipolar é caracterizada, de acordo com os trabalhos levados a cabo por Costa (2008) por um tipo de doença grave, crónico e que interfere muito significativamente com a qualidade de vida do paciente, assim como com a qualidade de vida da sua família.

Um dos maiores obstáculos ao controlo da doença é o facto de a mesma não ser tratada como tal, isto é, a adesão ao tratamento não é a mais adequada (Costa, 2008). Muitos pacientes, devido à sua perturbação limitativa, encontram dificuldades em conseguir arranjar emprego (Tucci, Kerr-Corrêa, & Dalben, 2001).

Alguns dos sintomas mais comuns observados nos pacientes são a depressão e as falhas no que concerne à função executiva, sintomatologia esta que compromete várias áreas como a escola, o trabalho, as atividades sociais e familiares, entre outros (Costa, 2008).

Os estudos de Costa (2008) em alguns casos mais graves, verificaram inclusive tentativas de suicídio, principalmente em doentes cujas condições de vida são menos favoráveis.

Outros estudos relacionados com o tema referem ainda dificuldades de reinserção desses pacientes na sociedade porque o processo de adaptação não é o mais adequado, por falta, entre outras coisas, de acompanhamento médico e de apoio social (Tucci, Kerr-Corrêa, & Dalben, 2001).

Para além da hospitalização frequente, também acontecem contornos de perturbação alimentar, ansiedade e crises de pânico (Costa, 2008).

Conclusão

A perturbação afetiva bipolar compromete a qualidade de vida e a saúde do paciente de forma geral, devido ao facto de afetar as diferentes áreas como a família, a vida social, a vida laboral, a saúde, etc. Muitos pacientes têm dificuldades acrescidas quando vivem em condições mais desfavoráveis uma vez que, além de a doença nem sempre ser entendida como tal, o tratamento não é adequado devido a não ter acompanhamento médico.

  • Costa, A. (2008). Bipolar disorder: burden of disease and related costs . Archives of Clinical Psychiatry, 35(3), 104-110. https://doi.org/10.1590/S0101-60832008000300003;
  • Tucci, A.M, Kerr-Corrêa, F, & Dalben, I. (2001). Ajuste social em pacientes com transtorno afetivo bipolar, unipolar, distimia e depressão dupla. Revista brasileira de psiquiatria 2001; 23(2): 79-87.
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