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Gestão de conflitos escolares
A gestão de conflitos escolares pretende levar os elementos a trabalhar a sua capacidade de resolver problemas através do respeito, cooperação e compreensão grupal. É fundamental que haja um mediador capaz de promover a capacidade de reflexão entre os elementos.
De acordo com os trabalhos de Morgado e Oliveira (2009) a gestão de conflitos teve mesmo início nas escolas, na década de 70, quando Jimmy Carter, na altura presidente, instituiu a Mediação Comunitária.
A partir dos anos 80, cada vez mais se começou a falar de gestão de conflitos nas escolas devido às disputas existentes entre os jovens (Morgado, & Oliveira, 2009).
Segundo Chrispino (2007) os estudos evidenciam que os conflitos são inevitáveis e, por esse motivo, é necessário encontrar estratégias de gestão de conflitos escolares, devido às diferenças de opiniões, principais causas da existência dos mesmos.
A gestão de conflitos escolares, ou mediação do conflito diz respeito ao “… procedimento no qual os participantes, com a assistência de uma pessoa imparcial – o mediador -, colocam as questões em disputa com o objetivo de desenvolver opções, considerar alternativas e chegar a um acordo que seja mutuamente aceitável” (Chrispino, 2007, p. 23).
A importância da gestão de conflitos escolares prende-se com a necessidade de reorganizar as relações existentes entre os alunos, através da procura de maior compreensão, cooperação, confiança e solidariedade entre as partes (Chrispino, 2007).
Na mesma linha teórica, algumas teorias revelam a importância da gestão de conflitos escolares no sentido de compreender e valorizar até mesmo a própria cultura e procurar formas não violentas de resolver problemas da vida real (Morgado, & Oliveira, 2009).
É objetivo da estratégia em causa, promover o respeito e atitudes mais responsáveis e tolerantes face a cada situação, no sentido de promover a ordem grupal (Chrispino, 2007).
Contudo, existem escolas promotoras da gestão de conflitos escolares e escolas onde esta mesma gestão não tem a mesma importância (Chrispino, 2007).
No caso das primeiras, os elementos e toda a comunidade escolar são convidados a aprender a estabelecer o diálogo de forma permanente e incentiva-se a capacidade de compreender as diferenças, de pensar e refletir sobre cada situação e aprender com a mesma, ou seja, desenvolver e amadurecer (Chrispino, 2007).
Partindo deste pressuposto, pretende-se que os alunos consigam encontrar na gestão dos conflitos, uma oportunidade de aprendizagem e de crescimento pessoal (Morgado, & Oliveira, 2009).
Conclusão
A gestão de conflitos escolares pretende promover a cooperação, respeito e solidariedade entre os elementos da comunidade escolar, sendo para isso necessário que exista um mediador capaz de gerir as situações promotoras de conflitos. É objetivo principal que os elementos sejam convidados a refletir sobre as situações e a lidar com a diferença sem recorrer à violência, favorecendo o seu crescimento, amadurecimento e aprendizagem.
References:
- Chrispino, A. (2007). Gestão d conflito escolar: da classificação dos conflitos aos modelos de mediação. Ensaio: aval.pol.públ. Educ., Rio de Janeiro, v.15, n.54, pp.11-28, jan./mar. 2007;
- Morgado, C, & Oliveira, I. (2009). Mediação em contexto escolar: transformar o conflito em oportunidade. Exedra: Revista Científica, nº 1, 2009, p. 43-56. Recuperado em 30 de outubro de 2018 de https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=3398314.