Crianças com necessidades educativas especiais são aquelas que vivem com diferenças sejam elas físicas ou intelectuais. Estas diferenças levam a que os pais tenham de procurar estratégias que promovam a sua capacidade de acompanhar as outras crianças no seu ciclo normal de desenvolvimento.
Nos trabalhos de Goitein e Cia (2011) a importância dada ao tema das crianças com necessidades educativas especiais (nee) prende-se com o facto de haver diferenças na criação e educação das mesmas logo desde que os pais sabem desta condição. Assim, uma das questões mais preocupantes relacionada com o tema é o facto de estas mães terem maior tendência para desenvolver quadros depressivos do que as mães de crianças não nee (Goitein, & Cia, 2011).
Desta forma, quando estamos perante crianças com nee, existem diferentes fases de enfrentamento pelas quais é importante que os pais passem:
- Choque – quando recebem a notícia;
- Negação – ignorar ou negar a condição da criança;
- Reação – culpa, irritação e depressão;
- Adaptação – organizar-se para ajudar os filhos.
- (Goitein, & Cia, 2011).
Todas esta sensações são reforçadas pela sociedade que até hoje age como que culpando os pais pelo acontecimento, o que aumenta exponencialmente o stress já vivido pelos mesmos (Goitein, & Cia, 2011).
No entanto e apesar do obstáculo social encontrado por famílias de crianças com nee, ao longo dos anos, tem sido cada vez mais evidente a promoção de inclusão das mesmas, principalmente no contexto escolar, onde as crianças passam a maior parte do seu tempo (Glat, & Fernandes, 2005).
Com a evolução da medicina e até mesmo da educação, aos poucos, a criança com nee passou a ser integrada na sociedade, melhorando exponencialmente a qualidade dos serviços competentes para a sua inclusão e integração (Glat, & Fernandes, 2005).
Para tal criaram-se estratégias que visam a possibilidade de todas as crianças, independentemente das suas limitações, poderem integrar todas as atividades, principalmente escolares, junto com as crianças sem nee, de forma difundida e compartilhada entre todos (Glat, & Fernandes, 2005).
Conclusão
Verifica-se que o grande desafio de pais e educadores de crianças com nee é conseguir a igualdade de oportunidades das mesmas, bem como a inclusão destas nas mesmas atividades das outras crianças. Este desafio é alimentado, na grande maioria das situações, pela própria sociedade segregadora ainda não capaz de lidar com a diferença. No entanto, é possível observar que muito trabalho já vem sendo feito ao longo dos anos para colmatar esta lacuna e permitir a evolução da ee.
References:
- Cruz Goitein, Paula, Cia, Fabiana, Interações familiares de crianças com necessidades educacionais especiais: revisão da literatura nacional. Psicologia Escolar e Educacional [em linha] 2011, 15 (janeiro-junho): [Ficha de consulta: 15 de dezembro de 2018] disponível em :<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=282321834005> ISSN 1413-8557;
- Glat, R, & Fernandes, E.M. (2005). Da Educação Segregada à Educação Inclusiva uma Breve Reflexão sobre os Paradigmas Educacionais no Contexto da Educação Especial Brasileira. Artigo publicado na Revista Inclusão nº1, 2005.