Crianças e jovens em risco
Crianças e jovens em risco são aqueles que vivem em condições que podem comprometer o seu desenvolvimento devido à situação desfavorável. Os riscos podem ser de ordem interna ou externa.
A partir dos estudos de Lemos, Scheinvar e Nascimento (2014) consideram-se crianças jovens em risco, aqueles indivíduos que vivem em casas com condições mais desfavoráveis, que andam pelas ruas depois de fugir de casa, adolescentes que se tornaram mães solteiras, crianças negligenciadas e a viver com fracas condições de higiene, entre outros.
Os trabalhos de avaliação psicológica de crianças e adolescentes em risco, elaborado por Hutz e Silva (2002) vão ao encontro destes dados, indicando que este cenário ocorre quando o desenvolvimento dos mesmos não acontece da forma esperada em concordância com a sua faixa etária. Além das condições acima citadas, os autores mencionam ainda problemas associados à desnutrição, ambientes violentos, utilização de drogas, entre outros (Hutz, & Silva, 2002).
Habitualmente trata-se de crianças e jovens provenientes de famílias desestruturadas, nas quais frequentar a escola não é algo considerado fundamental, pelo que acumulam faltas à instituição de ensino, entre outros tipos de cenários (Lemos, Scheinvar, & Nascimento, 2014).
No entanto, existem estudos que diferenciam fatores de risco internos de fatores de risco externos, ou seja, são considerados fatores de risco internos aqueles que dizem respeito ao comportamento das crianças e jovens, e são considerados fatores de risco externos aqueles que têm origem no ambiente em que se inserem (Hutz, & Silva, 2002).
Devido a esta situação, foi necessário, em alguns países, criar um Conselho Tutelar, para garantir a segurança e a proteção destas pessoas, mediante o trabalho de uma assistência complexa, no sentido de controlar os danos sociais causados por estes riscos (Lemos, Scheinvar, & Nascimento, 2014).
Conclusão
Crianças e jovens em risco são aqueles que vivem em condições precárias, seja devido ao seu comportamento seja devido a fatores externos, tais como o ambiente em que vivem. Algumas das causas de risco prendem-se com negligencia, gravidez precoce, fuga de casa, envolvimento com drogas, entre outros. Por esse motivo foi necessário criar planos de prevenção que visem assegurar e proteger o bem estar destes indivíduos.
References:
- Hutz, Claudio Simon, & Silva, Débora Frizzo Macagnan da. (2002). Avaliação psicológica com crianças e adolescentes em situação de risco. Avaliação Psicológica, 1(1), 73-79. Recuperado em 19 de dezembro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712002000100008&lng=pt&tlng=.
- Lemos, F.C.S, Scheinvar, E, & Nascimento, M.L. (2014). UMA ANÁLISE DO ACONTECIMENTO “CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO.” Psicologia & Sociedade, 268(1), 158-164. Disponível em http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7079