O comportamento sexual adolescente merece uma atenção especial devido aos métodos menos corretos que os adolescentes usam na atividade sexual. Na maioria das vezes, adotam-se estilos sexuais de risco que podem originar doenças sexualmente transmissíveis (dst) ou até gravidez não desejada.
Alguns autores como Tronco e Dell’Aglio (2012) fizeram estudos relacionados com o comportamento sexual adolescente, nos quais puderam verificar que, quanto mais cedo a atividade sexual se inicia, menor é a tendência para a utilização de qualquer tipo de método contracetivo.
Vários são os autores que corroboram esta informação, verificando que a taxa de adolescentes que iniciam a vida sexual sem usar preservativo desde a primeira relação sexual é, realmente, muito grande (Sant’Anna, Carvalho, Passarelli, & Coates, 2008).
Por esse motivo tornou-se fundamental aprofundar o conhecimento acerca deste assunto, bem como a forma como impacta a vida e a saúde destes jovens (Tronco, & Dell’Aglio, 2012).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera adolescência o intervalo que ocorre entre o fim da infância e o início da idade adulta, portanto, entre os 10 e os 19 anos aproximadamente (Tronco, & Dell’Aglio, 2012).
Nesta fase, o jovem encontra-se ainda bastante vulnerável no que diz respeito às escolhas e às tomadas de decisão, razão pela qual é importante haver uma maior vigilância já que, pelas características próprias da mesma, o desenvolvimento torna-se muito mais complexo (Tronco, & Dell’Aglio, 2012).
É comum que os jovens não relacionem a prática da relação sexual com o vínculo afetivo a ela associado, bem como, a necessidade de proteção da sua saúde (Sant’Anna, Carvalho, Passarelli, & Coates, 2008).
Refere-se a questão do desenvolvimento devido ao risco maior que o adolescente sofre de se envolver em comportamentos sexuais de risco e poder surgir uma gravidez não desejada ou, pior, contrair algum tipo de doença sexualmente transmissível (dst) (Tronco, & Dell’Aglio, 2012).
Vários são os motivos que os adolescentes referem para não se precaverem no seu comportamento sexual, tais como medo de que a utilização de métodos preventivos possa prejudicar a sua saúde, não saber a forma correta de colocar um preservativo, a dificuldade de acesso a métodos de prevenção em alguns casos ou até mesmo, um certo desejo que pode ou não ser consciente de surgir uma gravidez (Sant’Anna, Carvalho, Passarelli, & Coates, 2008).
Alguns trabalhos levados a capo por vários autores, mostraram que existem situações em que a gravidez na adolescência é considerada como fator de valorização para as raparigas, passível de gerar proteção e até mesmo motivo de valorização do ponto de vista social (Tronco, & Dell’Aglio, 2012).
Conclusão
Verifica-se que a importância de estudar e observar com atenção o comportamento sexual adolescente se deve ao facto de haver vários comportamentos de risco, tais como o não uso de preservativo, nesta faixa etária, aumentando exponencialmente o risco de contrair dst. Normalmente os adolescentes que adotam comportamentos sexuais não saudáveis, fazem-no, essencialmente, por falta de informação adequada.
References:
- Sant’Anna MJC, Carvalho KAM, Passarelli MLB, Coates V. Comportamento sexual entre jovens universitários . Adolesc Saude. 2008;5(2):52-56
- Tronco, Cristina Benites, & Dell’Aglio, Débora Dalbosco. (2012). Caracterização do comportamento sexual de adolescentes: iniciação sexual e gênero. Gerais : Revista Interinstitucional de Psicologia, 5(2), 254-269. Recuperado em 22 de julho de 2019, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-82202012000200006&lng=pt&tlng=pt.