A agressividade infantil relaciona-se aos comportamentos expressados pelas crianças através do choro, gritos ou agressão física, quando as suas necessidades não são supridas.
Para Campos (2012) a agressividade infantil preocupa cada vez mais, tanto as famílias, os pais e educadores, como toda a comunidade escolar.
No que diz respeito às origens, as opiniões são controversas uma vez que, se alguns acreditam que a agressividade infantil se trata de uma questão hereditária, outros há que acreditam que se trata de um fenómeno adquirido através do meio em que a criança se desenvolve (Campos, 2012).
Dezan e Mishima-Gomes (2012) referem os estudos de Winnicott, nos quais, o autor já mencionava a presença de agressividade infantil começa por aparecer aquando da construção da personalidade, pelo que vai sendo com o amadurecimento que a mesma será ajustada.
Considera-se que a agressividade é algo inato nos primeiros anos de vida da criança e que, começa a mostrar os primeiros sinais a partir do momento em que, quando pretende expressar algum necessidade, não o consegue fazer verbalmente, acabando por chorar, gritar ou até mesmo agredir quem está em redor (Campos, 2012).
Sabe-se, hoje em dia, que a agressividade infantil é algo que não desaparece com o tempo, embora vá tendo diferenças de criança para criança, no entanto, estas diferenças são manifestadas de acordo com os limites impostos pelo tipo de educação recebida (Campos, 2012).
Não podemos também decorar a violência doméstica que é um grande aliado do desenvolvimento de agressividade aguda na criança, uma vez que, quando a mesma cresce neste tipo de ambiente, aprende que é a forma normal de lidar com a frustração (Campos, 2012).
Por outro lado, alguns autores chamam a atenção para situações em que a criança reprime o seu impulso agressivo, o que, segundo a psicologia do desenvolvimento, não é saudável, ou seja, quando a agressividade infantil não é manifestada em nenhum momento, a criança sofre também de uma tensão que se acumula e se torna exageradamente controlada (Dezan, & Mishima-Gomes, 2012). Este tipo de comportamento não agressivo, na fase infantil, torna-se também doentio, devido ao facto de ser mais propício a surtos de agressividade totalmente descontrolada (Dezan, & Mishima-Gomes, 2012).
Conclusão
A agressividade infantil é alvo de diferentes estudos e de diferentes opiniões por parte dos vários autores cujas conclusões indicam situações muito controversas. Se uns acreditam que se trata de algo inato, outros acreditam que a mesma é herdada. No entanto, podemos verificar a presença da mesma desde os primeiros tempos de vida quando a criança se torna agressiva pela frustração ao não conseguir exprimir as suas necessidades, sentimentos, etc.
References:
- Campos, A. (2012). Agressividade infantil. Educare.pt. Recuperado em 26 de novembro de 2018 de https://www.educare.pt/opiniao/artigo/ver/?id=12322&langid=1;
- Dezan, Stéfani Zanovello, & Mishima-Gomes, Fernanda Kimie Tavares. (2012). O retraimento e a agressividade infantil: como proteger-se da ameaça familiar?. Natureza humana , 14(2), 120-143. Recuperado em 26 de novembro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302012000200006&lng=pt&tlng=pt.