Conceito de Filosofia
Filosofia (do grego philosophia, e que em português significa ‘amor à sabedoria’) é uma disciplina do conhecimento relacionada com o estudo de problemas fundamentais como a existência, o conhecimento, a verdade, os valores, a estética ou a mente.
Contudo, e apesar desta aparente facilidade em conceituar a Filosofia, não é fácil, mesmo para os próprios filósofos, encontrar uma definição unanimemente aceite. Há mesmo quem defenda que a sua definição constitui o primeiro grande problema para a própria filosofia. Tal não significa, contudo, que não exista uma resposta para a questão “o que é a filosofia?”.
O problema é que existem muitas respostas e nenhuma delas é unânime. qualquer tentativa de definição enfatiza determinados pontos e desvaloriza outros considerados importantes por outros filósofos. Este facto está intimamente relacionado com o objecto da própria filosofia, isto é, com a realidade que ela procura apreender e que se pode dizer infinitamente variada. Assim, e tal como qualquer outra ciência ou disciplina do conhecimento, a forma mais fácil de a definir será então procurar identificar o seu objecto de estudo.
Objecto de Estudo
O objecto de uma ciência representa o domínio da realidade, a matéria ou o problema que essa mesma ciência estuda. Relacionado com o objecto científico está o método de estudo utilizado, o qual é definido em função do próprio objecto.
Qual é então o objecto da filosofia? Historicamente, esta questão nem sempre foi colocada ou teve razão de existir. Inicialmente, tudo o que era considerado conhecimento científico era considerado como filosofia. Apenas a partir do século XVII, com o nascimento da ciência moderna, começou a existir uma separação entre a ciência e a filosofia. Neste movimento de separação, cada ciência vai-se autonomizando e definindo o seu próprio objecto e método.
A questão que se coloca então é a de que se cada ciência vai abarcando uma parcela do “bolo”, o que resta para a filosofia? Continuará a procurar abarcar o todo, ou centrar-se apenas nos “restos” que as restantes ciências não conseguem estudar?
Se o objecto da filosofia são apenas os “restos”, então ela será meramente temporária pois à medida que a ciência avança, todos os problemas acabarão por ser explicados do ponto de vista científico; se, por outro lado, é o todo, e este nunca poderá ser dado, o se objecto estará condenado a ser continuamente procurado.
Alguns filósofos atribuem-lhe uma posição intermédia: não é ciência, não é religião e não é puro senso comum. Situa-se algures entre a ciência (racional e definido) e a teologia (baseada na fé e no dogma).
Questões Fundamentais
Face às dificuldades de identificação do objecto desta área do conhecimento, uma das formas possíveis de o compreender, é analisar o que é feito pelos filósofos ao longo da história. Tal pode ser sintetizado como uma actividade de reflexão sobre seis questões principais, nomeadamente:
- Metafísicas: problemas do ser e da realidade – o Homem como fundamento e suporte de tudo o que existe.
- Lógicas: problemas do pensar.
- Gnoseológicas ou teoria do conhecimento: problemas do conhecimento em geral.
- Epistemológicas, de teoria e filosofia da ciência: problemas do conhecimento científico e da ciência – enquanto as outras ciências conhecem, a filosofia estuda a possibilidade do próprio conhecimento, os seus pressupostos e os limites do conhecimento possível.
- Axiologia, ética, filosofia política, estética, etc.: problemas dos valores e da acção humana – ao contrário das outras ciências que estudam o que é, a filosofia estuda o que deve ser.
- Filosofia da linguagem: problemas da linguagem – a filosofia estuda a linguagem das outras ciências na perspectiva da sua estrutura.
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