Conceito de Galáxia
O termo galáxia designa uma gigantesca acumulação de estrelas e outros objectos celestes, poeiras e gás, que surge isolada na imensidão do espaço e cujos elementos que a constituem se mantêm unidos entre si pelo efeitos das mútuas interacções gravitacionais.
Existem várias evidências de que o centro da grande maioria das galáxias é ocupado por um gigantesco buraco negro com massa que poderá ir de alguns milhões de massas solares até vários milhares de milhões. Acredita-se também que os halos galácticos possuam grandes quantidades de uma matéria exótica chamada matéria negra, a qual confere estabilidade gravitacional à galáxia. Em média, as galáxias possuem vários milhares de milhões de estrelas. A nossa própria galáxia, a Via Láctea, possui cerca de 1011 estrelas e a nossa vizinha galáxia de Andrómeda um número de estrelas sensivelmente igual.
Apesar de algumas dúvidas que ainda subsistem, sabe-se que o surgimento das galáxias se deve a pequenas flutuações de densidade ocorridas nos primeiros momentos logo após a big bang. Associada a ligeiros excesso de partículas relativamente à densidade média do ambiente envolvente, surge um atracção extra da gravidade a qual, com o tempo, ampliou o efeito das pequenas flutuações de densidade. O verdadeiro enigma da cosmologia moderna está em saber qual a razão dessas pequenas flutuações.
Uma importante característica da maioria das galáxias é a existência de rotação em torno do seu centro de gravidade. Logo após o big bang algo deve ter originado um pequeno movimento de rotação aos aglomerados de partículas descritos antes. Com o aumento da concentração das partículas por acção da gravidade, esses movimentos de rotação foram ampliados dando origem ao movimento de rotação que hoje se observa. É este movimento de rotação que confere às galáxias os diferentes aspectos característicos como sejam as elípticas, as espirais e as lenticulares.
Tipos de Galáxias
As galáxias são geralmente classificadas em três tipos principais: elípticas, espirais e irregulares. Enquanto as galáxias irregulares não apresentam um perfil bem definido, as elípticas e as espirais caracterizam-se por formatos muito característicos.
As elípticas são galáxias de perfil elipsoidal que vão desde um formato quase esférico até formatos muito alongados. São em geral muito grandes e com pouca taxa de formação de novas estrelas. Nelas, as estrelas vagueiam em várias direções e presume-se que muitas delas tenham tido origem na fusão de duas ou mais galáxias.
Já as galáxias espirais apresentam um formato muito característico constituído por uma espécie de bolbo central mais ou menos alongado e dois ou mais braço espiralados e mais ou menos fechados em torno do bolbo central. Neste tipo de galáxias, as estrelas giram em torno do centro comum, o que contribui para lhes dar um perfil achatado. A galáxia Via Láctea onde nos encontramos é uma galáxia deste tipo.
Existe uma outra classificação mais extensa (classificação de Hubble) que divide as galáxias em elípticas e em espirais e depois cada um destes dois grupos em subgrupos: E0 a E7 para as elípticas, e Sa, Sb e Sc para as espirais e ainda SBa, SBb e SBc para as espirais barradas. No caso das elípticas, o algarismo indica o grau de alongamento da elipse: quase esféricas para a E0 e muito alongadas para a E7. Quando às espirais, as letras a, b e c indicam o grau de aperto dos braços espirais e o tamanho do bulbo central: Sa com braços apertados e com um bolbo central relativamente grande e Sc com braços abertos e bem definidos e um pequeno bulbo central; a Sb é intermédia entre estas duas. Ainda no caso das espirais, se possuírem uma faixa linear de estrelas em forma de barra que se estende para fora de cada lado do núcleo e depois se junta a cada um dos braços espirais, passam a ser designadas espirais barradas: SBa, SBb e SBc.
As galáxias podem ainda ser classificadas quanto à taxa de formação de estrelas: galáxias starbust quando essa taxa é elevada; e quanto à atividade no núcleo: galáxias ativas, quando há muita atividade.
