Conceito de Estrela
Uma estrela é um corpo celeste luminoso que produz energia por fusão nuclear, energia essa que irradia para o espaço sob a forma de radiação electromagnética, neutrinos e matéria (vento solar). Para que o processo de fusão nuclear ocorra é necessário que a pressão interna atinja um determinado valor crítico, valor esse que é atingido quando o objecto atinge cerca de 8% da massa solar. Objectos com massa inferior a este limite, não conseguem uma pressão suficiente no seu núcleo que origine a temperatura necessária para iniciar a fusão nuclear, permanecendo como uma anã castanha. No outro extremo encontram-se as estrelas maciças com massas que podem ir até 100 massas solares. A partir deste limite (que depende do chamado limite de Eddington) as estrelas tornam-se demasiado instáveis e explodem devido à grande quantidade de energia produzida ou entram em colapso gravitacional transformando-se num buraco negro.
Formação e evolução das estrelas
As primeiras estrelas terão nascido aproximadamente com as primeiras galáxias, isto é, cerca de 300.000 anos após o big-bang. O seu nascimento ocorre no interior de gigantescas núvens moleculares com vários milhares de massas solares e uma dimensão que pode atingir vários anos luz de comprimento. Estas gigantescas núvens são mantidas pela pressão gerada pelos campos magnéticos que as atravessam. Contudo, a partir do momento em que estes campos magnéticos se difundem para o exterior, as regiões centrais tornam-se mais densas, entrando rapidamente em colapso gravitacional, surgindo pouco depois uma “proto-estrela”. À medida que esta proto-estrela vai evoluindo, vai-se separando da nuvem que lhe deu origem e transforma-se numa recém nascida. Nos milhões de anos seguintes, a nova estrela mantém um disco de gás à sua volta no qual, lentamente, se vão formando os planetas.