Ótimo de Pareto

O «ótimo de Pareto» ocorrerá, quando existe uma situação (S) onde ao se sair dela, um agente fica, necessariamente melhor, isto é, aumenta o seu bem-estar.

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O que é um ótimo de pareto?

O «ótimo de pareto» é formalmente conhecido por «Lei da Eficiência de Pareto» – uma proposição devida ao engenheiro e economista franco-italiano Vilfredo Frederico Damaso Pareto, publicada em 1897, em seu livro Cours d`Économie Politique.

A formulação matemática do equilíbrio Paretiano foi publicado em artigo da Giornale degli Economisti, em 1906 e expandido no Anexo do livro Manuale di Economia Política.

O «ótimo de Pareto» ocorrerá, quando existe uma situação (S) onde ao se sair dela, um agente fica, necessariamente melhor, isto é, aumenta o seu bem-estar. Este conceito está intimamente ligado ao de eficiência. Assim, diz-se que uma economia está numa situação eficiente à Pareto quando não é possível melhorar o bem-estar de pelo menos um indivíduo sem diminuir o bem-estar de pelo menos outro.

Eficiência à Pareto

Um dos problemas pioneiros da ciência económica foi a busca por um critério que definisse uma alocação eficiente de recursos. Desde que foi formulado no início do século XX, o ótimo de Pareto passou a ser crescentemente utilizado, até que hoje é utilizado com significado de eficiência económica.

Uma alocação de recursos que é considerada «ótima de Pareto», significa assim que utiliza os recursos iniciais e as possibilidades tecnológicas da sociedade de forma eficiente no sentido de que não há outra organização de recursos factível que possa melhorar a posição de um agente económico sem que, em contrapartida, haja uma piora na posição de outro.

O conceito de eficiência à Pareto relaciona-se com o de movimento de Pareto: movimento em que a situação de pelo menos um indivíduo melhora sem que piore a de pelo menos um indivíduo melhora sem que piore a de qualquer outro.

De facto, estabelecida a necessidade da transferência parcial destes ganhos aos consumidores (como forma de preservar o critério de Pareto e garantir o aumento de bem-estar), o mecanismo mais eficaz para assegurar esta transferência é através da concorrência.

Existem três condições que necessitam ser preenchidas para que uma economia possa ser considerada Pareto Eficiente:

  • Eficiência nas trocas – o que é produzido numa economia é distribuído de forma eficiente pelos agentes económicos, possibilitando que não sejam necessárias mais trocas entre indivíduos, isto é, considera-se que a taxa marginal de substituição é mesma para todos os indivíduos;
  • Eficiência na produção – quando é possível produzir mais de um tipo de bens sem reduzir a produção de outros, isto é, quando a economia se encontra sobre a sua curva de possibilidade de produção;
  • Eficiência no mix de produtos – os bens produzidos numa economia devem refletir as preferências dos agentes económicos dessa economia. A taxa marginal de substituição deve ser igual à taxa marginal de transformação. Um sistema de preços de concorrência perfeita permite satisfazer esta condição.

Características e racional de ótimos de Pareto

Numa estrutura ou modelo económico podem coexistir diversos ótimos de Pareto. Um ótimo de Pareto não tem que ter necessariamente uma vocação benéfico ou socialmente aceitável. Por exemplo, a concentração de rendimento ou recursos num único agente pode ser ótima no sentido de Pareto, do ponto de vista relativo.

 Em suma, o ótimo de Pareto é um critério sobre a utilização de recursos da sociedade, posto que uma alocação que seja Pareto dominada implica desperdício destes recursos. Foi formulado para ser um critério objetivo de escolha entre alocações alternativas do modelo económico. O ótimo de Pareto tem, no entanto, várias limitações. Uma alocação que é ótima de Pareto utiliza os recursos iniciais e as possibilidades tecnológicas da sociedade de forma eficiente no sentido de que não há outra organização de recursos factível que possa melhorar a posição de um agente económico sem que, pelo contrário, a posição de outro agente venha a piorar.

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References:

PARETO, V (1983) Manual de Economia Política. São Paulo: Abril Cultural.

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