Livro é, genericamente, uma obra organizada em páginas de forma manuscrita, impressa, desenhada ou digital.
Se antes um livro era um conjunto de folhas de papel escritas ou impressas, soltas ou cosidas, em brochura ou encadernadas, mas sempre protegidas por uma capa e possíveis de transportar com facilidade… Hoje, mercê das novas tecnologias, a definição de livro alargou-se, englobando o termo ebook (livro eletrónico) também. Mas, independentemente da impressão ou divulgação online, é considerado livro a obra com mais de 50 páginas que pode ou não estar distribuída por volumes e que trata um tema, através de palavras ou imagens.
Livro é também um produto intelectual cujo objetivo é transmitir algum tipo de conhecimento, embora seja igualmente um produto de consumo de massas e ao mesmo tempo um bem.
Composição de um livro impresso
Regra geral, um livro impresso é composto por uma capa que protege as folhas, uma coluna que reúne a encadernação, folha de rosto, frente e verso, corpo da obra constituído por folhas, prefácio ou introdução, índice e capítulos, entre outros elementos.
Produção e venda de um livro impresso
Relativamente à produção, um livro impresso requer meios industriais de impressão e distribuição para chegar aos leitores. Se a tarefa de criar um conteúdo passível de ser transformado em livro é do autor, a produção do livro em si é tarefa de um editor, a tarefa de organizar e indexar coleções de livros, do bibliotecário e a tarefa de vender ao consumidor final do livreiro.
Os livros podem-se vender em vários locais, inclusive em supermercados, mas por regra é mais fácil encontrá-los em livrarias, generalistas ou de especialidade.
Principais tipos de livros
Há vários tipos de livros, agrupados por géneros literários, mas os principais são o científico, literário ou linguístico, de viagem, biográfico, de texto ou estudo, de referência ou consulta (por exemplo, dicionário), etc.
Entretanto uma nova categoria surgiu no século XX, o livro eletrónico, disponível tanto para desktops como para computadores portáteis, tablets e até smartphones.
Um pouco de história…
A escrita surgiu na Antiguidade através de códigos (palavras) capazes de transmitir e conservar noções abstratas ou valores concretos. Os primeiros suportes utilizados para a escrita foram as tabuletas de pedra e argila, e depois o papiro. Ora, o papiro é uma parte da planta que era liberada ou livrada (em latim “libere”, que significa livre) do resto da planta. Foi assim que surgiu a expressão “liber libri” (posteriormente livro em português).
O papiro é, mais tarde, substituído pelo pergaminho (excerto de couro de animais) que permitiu a conservação da informação por muito mais tempo e também que se começasse a ver o livro como um objeto ou obra.
Na Idade Média, o livro sofre as consequências do excessivo fervor religioso, e passa a ser considerado como um objeto de salvação. A característica mais marcante da Idade Média é o surgimento dos monges copistas, ou seja, homens cuja atividade era a de reproduzirem obras manualmente. Obras que eram, normalmente, conservadas em mosteiros.
É nesta altura que começam a aparecer as margens e páginas em branco num livro e também a pontuação e uso de letras maiúsculas no texto. A par, aparecem ainda os índices, sumários, resumos, categorias de géneros e livros em língua vernácula, rompendo com o monopólio do latim. Por fim, o papel passa a substituir o pergaminho.
Contudo, a invenção mais importante acontece no século XIV: a impressão. Originalmente consistia na gravação de palavras em blocos de madeira que, depois, eram mergulhados em tinta, e o conteúdo transferido para o papel, produzindo várias cópias. Foi em 1405, na China, que surgiu a primeira máquina impressora de tipos móveis, mas a tecnologia que provocaria uma revolução cultural moderna foi desenvolvida por Johannes Gutenberg que inventa, em 1455, a imprensa com caracteres móveis reutilizáveis. O primeiro livro impresso com esta técnica foi a Bíblia.
Com o surgimento da imprensa, desenvolve-se a tipografia, sendo que em Portugal a imprensa foi introduzida no reinado de D. João II e o primeiro livro impresso foi o Pentateuco (1487). Em língua portuguesa o primeiro livro impresso recebeu o nome de Sacramental (1488) de Clemente Sánchez de Vercial.