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A Porta do Soar é uma das muralhas existentes na cidade de Viseu que é datada do século XV e que corresponde a uma das sete portas totais da cidade.
A Porta do Soar, também conhecida como Porta de São Francisco, é uma das sete portas das Muralhas existentes na cidade de Viseu, no Centro de Portugal Continental. Acerca da sua idade e antiguidade, a construção da Porta do Soar deixa algumas dúvidas, no entanto, numa inscrição epigráfica que existe no edifício da Porta do Soar pode ler-se a data do ano de 1472, ou seja, datada do século XV. Não se conhece propriamente a evolução do sistema de defesa da cidade de Viseu naquela época, no entanto, sabe-se que existe e que foi edificada uma cerca ou muralha, de planta poligonal irregular aquando a Dinastia de Avis. No ano de 1472, ano do qual é datada a construção da Porta do Soar, conclui-se que D. Afonso V foi o responsável pela reformulação da estrutura que defendia a cidade e da qual resultaram sete portas totais para a cidade de Viseu. Nenhuma das torres da cerca resistiu e existem ainda as testemunhas da Porta do Soar e da Porta dos Cavaleiros, além de alguns (e escassos) troços da muralha original construída na altura e que chegaram até aos dias de hoje.
A Porta do Soar foi construída em arco ogival com um pequeno troço de muralha adossado que assinala o eixo principal de circulação que se fazia ainda na antiga cidade de Viseu. Foi o maior e mais importante eixo de circulação na cidade e nele existem epígrafes do ano de construção, no reinado de D. João V e ainda um brasão com as armas nacionais de Portugal. Na parte interior da construção da Porta do Soar está ainda presente um nicho de pequenas dimensões que ainda hoje conserva a imagem de São Francisco, o santo tutelar da porta e que conforme é prática habitual neste tipo de construções e entradas para fortalezas medievais, se encontra presente.
Esta porta da cidade, assim como todas as portas e muralhas antigas da cidade (Muralha Afonsina de Viseu) encontram-se classificadas como sendo Monumento Nacional – um bem de interesse nacional cuja proteção e valorização no todo ou em parte representa um valor cultural de significado para a Nação de Portugal – como está presente no Decreto publicado no dia 31 do mês de dezembro do ano de 1915.
Como foi dito em cima, a construção remonta ao século XV e nos dias de hoje a porta e edifício são seladas por um muro e um portão completamente diferentes do estilo original da Porta do Soar e da época em que foi construída e localiza-se bem no centro da cidade e centro histórico de Viseu, não muito distante da Sé Catedral de Viseu – um dos pontos mais importantes da cidade, monumento nacional e cuja estrutura geral foi edificada no século XII com influências góticas, manuelinas e barrocas, do Museu Nacional de Grão Vasco – que é um local histórico e também um galeria de arte datado do século XVI, do Museu de Arte Sacra – um espaço museológico situado no interior da Catedral de Santa Maria e onde se podem admirar várias peças de Arte Sacra e alfaias religiosas, livros, mobiliário, esculturas, custódias etc, da Igreja da Misericórdia de Viseu – datada do ano de 1755 e de estilo barroco, mesmo em frente à Sé Catedral de Viseu, do Museu Almeida Moreira – um museu que foi criado na casa onde viveu em tempo Francisco Almeida Moreira e tem como objetivo continuar o legado e perpetuar a memória de uma figura impar da cidade de Viseu no século XIX. A casa foi doada à cidade de Viseu pra lá ser construída uma “Casa-Museu-Biblioteca” com uma valiosa coleção artística e um importante arquivo documental; do Jardim das Mães, entre outros pontos turísticos de interesse da cidade de Viseu.
Apesar de a Porta do Soar ser um elemento e edifício sem muito para explorar, apesar da sua história são muitos os pontos de interesse turístico ao seu redor, como enunciado no parágrafo em cima.