Spam

Spam: Definição, história, tipos, efeitos e formas de controlar mensagens de email não solicitadas

SPAM

Spam é um termo de origem inglesa que designa uma mensagem eletrónica recebida, mas não solicitada pelo recetor.

 

Na definição de Spam importa perceber desde já que o seu conteúdo não foi solicitado nem é desejado porque, regra geral, trata-se de uma mensagem publicitária que tem por objetivo divulgar os produtos ou serviços de uma empresa. Esta mensagem, normalmente é enviada para grande número de pessoas por empresas ou entidades que, na esmagadora maioria dos casos, compram listas de emails (ato considerado ilegal) para usar sem qualquer tipo de segmentação nem autorização prévia dos recetores a fim de enviarem um conteúdo, disparado ao mesmo tempo e de igual forma para toda a lista.

 

Um pouco de história…

Não existe uma versão oficial que explique a origem e prática do termo Spam. Pode significar “Sending and Posting Advertisement in Mass” ou “Stupid Pointless Annoying Messages”, mas o mais certo é ter ido buscar o nome a um produto: uma carne enlatada da Hormal Foods Corporation chamada Spam (abreviatura de spiced ham (presunto apimentado), ou seja, SPiced hAM. A associação ao termo tal qual hoje o conhecemos – envio de mensagens não solicitadas – ocorreu através de um grupo de humoristas ingleses, os Monty Pyton, que decidiu ridicularizar a ementa de uma suposta pastelaria colocando-lhe uma série de produtos, todos com presunto Spam, disponíveis para todos os clientes mesmo para os que não gostavam de presunto.

Seja como for, o primeiro registro da prática de Spam aconteceu em 1978, quando o funcionário de uma empresa de computadores, a DEC, entendeu que todos os utilizadores da Arpanet estariam interessados em receber informações sobre o lançamento da empresa (o DEC 20) e usou um sistema de envio em massa para remeter a propaganda para todos. De lá para cá – particularmente depois da expansão da Internet – a palavra Spam tem sido sempre sinónimo de lixo eletrónico e designa mensagens de email com fins publicitários, embora possam existir emails considerados Spam que têm um conteúdo mais evasivo.

Efetivamente, devido há dificuldade em identificar uma mensagem de email como Spam, a decisão acaba por ficar reservada aos meios eletrónicos, sendo que alguns países já aprovaram legislação para regular a prática de envio de mensagens publicitárias não solicitadas (em Portugal, a diretiva n.º 2002/58/CE), pois, de acordo com diversas entidades governamentais, comerciais e independentes, o Spam é um dos maiores problemas atuais a nível de comunicação virtual.

 

Spam, spamming e spammers

Spamming é o termo usado para designar o envio em massa de mensagens não-solicitadas, as mensagens em si chamam-se Spam e os seus autores, spammers.

 

Alguns tipos de Spam

  • Mensagens com fins comerciais.
  • Mensagens que divulgam conteúdos agressivos e violentos
  • Mensagens maliciosas que tentam induzir o utilizador a dar os seus dados pessoais ou a executar algum programa que contém vírus, por exemplo.
  • Mensagens que não passam de boatos (hoaxes), mas que estimulam ou forçam o utilizador a reencaminhá-las para os seus contatos (chain letters).

 

Por que é que o Spam é prejudicial?

É prejudicial, em primeiro lugar, porque afeta a produtividade de um utilizador de email, em particular, e das empresas, em geral. Receber centenas de mensagens indesejadas por dia, significa perder tempo a avaliá-las e exclui-las. Mas não é só! Os conteúdos ofensivos do Spam podem gerar constrangimento ou baralhar o utilizador que, na pior das hipóteses, pode acreditar no emissor e aceder a links com vírus maliciosos, por exemplo, que podem contaminar o seu computador (ou até mesmo a rede informática da empresa).

Felizmente, alguns sistemas de email, como os grandes provedores gratuitos destes serviços (Gmail, Google, Outlook, etc) possuem filtros anti Spam que atuam diretamente na comunicação entre servidores. Por outras palavras, avaliam quem está a enviar a mensagem antes mesmo de saberem qual o seu conteúdo, isso porque para que os emails sejam disparados em massa, são necessárias aplicações específicas que precisam de cumprir protocolos, para que as mensagens cheguem aos seus destinos através da Internet. O protocolo de envio de emails é chamado SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) e serve como ponte entre o utilizador e o servidor que contém o endereço de destino da mensagem. Claro que o SMTP não consegue autenticar todos os utilizadores e é dessa fraqueza que se aproveitam os spammers para falsificar os endereços de envio. Recentemente têm surgido novos protocolos para combater o spamming, um dos principais é o SPF (Server Policy Framework) muito embora não tenha bloqueado completamente o Spam nem a hipótese de infeção de máquinas, todos os dias, com bots, por exemplo: programas que exploram vulnerabilidades de um computador e o utilizam para propagar as infeções, sem revelar a identidade do invasor.

Por enquanto, o Spam ainda é uma praga, pelo que cabe aos utilizadores prevenirem-se contra ataques.

 

Como controlar o Spam? 

 

  • Usar em serviços de email de grandes provedores, como Gmail, Outlook e Google, a classificação de mensagens indesejadas como Spam.
  • Não abrir mensagens de remetentes desconhecidos ou suspeitos. Desconfiar até dos amigos e familiares, pois os seus computadores podem ter sido infetados
  • Não acreditar em soluções milagrosas, ofertas muito valiosas por preços muito baixos, etc.
  • Avaliar sempre o título da mensagem (se não há erros, confusões, traduções incompletas ou estranhas), bem como o texto do conteúdo. Se necessário, confirmar com o remetente se ele realmente enviou aquele email (por telefone ou por outra forma de comunicação).
  • Mesmo que o email seja ou pareça ser de uma marca ou empresa conhecida, se possui conteúdo promocional e chegar ao email sem a autorização do utilizador em causa, deve-se considerar Spam.
  • Desconfiar de emails enviados de madrugada e de emails muito curtos: muitas destas mensagens Spam contêm apenas um texto simples, seguido de um link.
  • Não divulgar o endereço de email em locais públicos da Internet.
  • Usar ferramentas anti Spam. O Gmail, por exemplo, tem um bom filtro de Spam que reencaminha estas mensagens para uma caixa específica e as apaga automaticamente após 30 dias. A maior parte dos produtos antivírus pagos, também contém filtros anti Spam.
  • Não responder a este tipo de mensagem, nem que seja para solicitar a remoção de uma lista de email.
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