Conceito
O termo contralto designa, na classificação de vozes, a voz feminina mais grave, com uma extensão normal de sol2 a mi4. Este timbre, naturalmente robusto e vigoroso, é também o mais raro. Na antiguidade, o contralto era frequentemente substituído pela voz de um castrato ou por um falsete.
As cantoras contraltos de ópera são raras mas existem papéis escritos especificamente para elas. Exemplos são a Angelina, em «La Cenerentola», Rosina em «O Barbeiro de Sevilha», Isabela em «L’italiana in Algeri» (três óperas de Rossini) e Olga, em «Eugene Onegin» de Tchaikovsky. Entre as contraltos de ópera lendárias destacam-se os nomes de Marian Anderson, Ernestine Schumann-Heink e Sigrid Onégin.
Entre as mais populares cantoras de pop e jazz é também possível encontrar esta extensão vocal, embora, normalmente, não lhes seja atribuída esta designação formal. Judy Garland, Ludmila Ferber, Karen Carpenter, Nina Simone, Alicia Keys e Amy Winehouse são algumas das cantoras com este tipo de voz.
Tipos de contraltos
- Colatura: voz ágil, capaz de executar diversas notas na mesma sílaba (saltos), com uma grande capacidade de sustentação (prolongamento da nota).
- Lírico: mais leve do que um contralto dramático mas incapaz de executar as ornamentações e saltos verificados no contralto de colatura. Esta é a classe mais comum, hoje em dia.
- Dramático: a voz mais profunda e pesada de um contralto, geralmente com mais poder do que os outros.