A esterilização refere-se ao ato de esterilizar ou tornar estéril uma criatura. É, nos dias atuais essencialmente um conjunto de atos médicos intencionais que deixam a pessoa com a incapacidade de se reproduzir. Normalmente procede-se à esterilização para se limitar a reprodução sexual. Pode ser feito em homens ou em mulheres. O ato de esterilizar, iniciou-se de modo consciente como maneira de prevenir a perda do património com filhos bastardos das mulheres. Nessa época não era de todo um ato médico. Visto que, a maioria dos reis tinham várias esposas eles precisavam de encontrar homens disponíveis para cuidar da segurança delas. Por isso, uma das maneiras encontradas para conseguir ter seguranças e ao mesmo tempo, diminuir a possibilidade das esposas os traírem com estes, foi decidido castrar os guardas responsáveis pela guarda. Este método, criava pessoas conhecidas por eunucos. Visto que consistia na remoção dos testículos, que são os responsáveis pela produção de hormonas masculinas, este método também diminuía a tensão sexual existente por parte dos guardas, e o desejo pelas mulheres que eles guardavam. A castração e consequente ausência de hormonas masculinas tornava via de regra os eunucos facilmente identificáveis. Eles tinham, via de regra, um ar bonacheirão, traços femininos e uma obesidade acentuada (visto que a testosterona tem um papel significativo no desenvolvimento de características masculinas).
A esterilização tomou um novo rumo quando os governos passaram a ter interesse em controlar o rápido
Vasectomia, um dos processos preferidos para esterilizar
crescimento populacional, o que naturalmente não foi acompanhado de um aumento de trabalho. Sendo assim, a esterilização foi um dos meios encontrados para evitar tal situação.
Os principais métodos existentes para esterilizar pessoas nos dias atuais são os seguintes:
Laqueação Tubária
A laqueação tubária passa por se fazer uma ligadura (que quer dizer interrupção) cirúrgica das tubas uterinas que fazem o caminho dos ovários até o útero. É um procedimento seguro e pode ser realizado durante uma cesariana.
Vasectomia
Na vasectomia faz-se uma ligadura dos dois ductos deferentes (pequentos ductos que levam os espermatozóides dos epidímios e testículos até a uretra prostática). Os testículos continuam a funcionar normalmente, mas os espermatozóides produzidos não conseguem mais sair pela ejaculação e são absorvidos. Não deve ser confundido com a castração. Pode antes dizer-se que é a versão masculina da laqueadura. Para esta cirurgia é realizada uma anestesia local. Primeiro é realizada a palpação, para se encontrar o canal deferente. Por meio de uma pequena incisão na pele do escroto, é feito o corte destes canais e as pontas são amarradas. Depois a pela é fechada novamente e são dados pontos com um fio absorvível.
Histerectomia
A histerectomia é a remoção cirúrgica do útero. Visto que é um processo cirúrgico complicado e irreversível não é recomendado como método anticonceptivo. É semelhante à castração que os eunucos sofriam, e a menos que exista uma suplementação hormonal pode provocar alguns problemas para as mulheres que sofrem a histerectomia. Portanto não é justificável usar a histerectomia como método anticonceptivo. Regra geral, ocorre quando existe a remoção do útero por outros motivos tais como a existência de uma neoplasia.
Dispositivo intra-uterino
O dispositivo intra-uterino, também pode ser chamado de DIU, e é uma alça ou espiral em metal. Esse dispositivo de metal ou plástico é colocado no útero. Embora não se tenha certeza quanto a como realmente funciona, os médicos acreditam que impeça a fertilidade de várias maneiras. Uma delas é provavelmente por impedir que o óvulo fecundado implante-se na mucosa do útero.
No que se refere às esterilizações cirúrgicas, a vasectomia, a laqueação, a castração e a histerctomia, estes processos são irreversíveis. Isto significa que uma vez realizados é muito improvável que se consiga restabelecer a fertilidade dos seres. Apesar de falarmos essencialmente em procedimentos para homens, também é usado em animais. É um método muito útil para se controlar a população de gatos numa determinada localidade. Também aqueles que têm animais de companhia, essencialmente cadelas, fazem uso da castração para evitar que o animal tenha o cio e esteja propenso a gravidez indesejada. Em alguns casos, em especial no que se refere à vasectomia e laqueação, já foram feitos procedimentos cirúrgicos para restabelecer a fertilidade dos indivíduos, no entanto, não existem garantias de que seja possível de fazer.
