Os problemas emocionais devem-se a questões de ordem interna, como as perturbações, e a questões de ordem externa, como o ambiente que condiciona.
Existem várias formas de vermos manifestados diversos tipos de problemas emocionais como as depressões, as perturbações de comportamento, as perturbações mentais com maior ou menor gravidade, entre outros (Murta, 2007; Santos, & Graminha, 2006).
A necessidade de falar sobre problemas emocionais deve-se ao facto de os mesmos poderem trazer consequências muito graves na vida do indivíduo como fraco desempenho académico, comportamento desviante e até mesmo violentos, dificuldades em estabelecer vínculos afetivos, abuso de substâncias psicoativas, entre outros (Murta, 2007; Santos, & Graminha, 2006).
No que concerne a comportamento desviante e violento, Santos e Graminha (2006) dão alguns exemplos como impulsividade, agressão, hiperatividade, desajuste social por competências sociais pobres, entre outros.
De acordo com a literatura existe uma tendência para que algumas populações tenham mais predisposição para desenvolver problemas emocionais do que outras, tais como situações de famílias mono parentais, baixo nível sócio-económico (NSE), gravidez na adolescência, entre outros (Murta, 2007).
Habitualmente, este tipo de problema começa a ser manifestado ainda na infância ou na adolescência, o que significa que é necessário agir proativamente, no sentido da prevenção (Murta, 2007).
A prevenção passa pelo espalhar da informação, alterações no contexto escolar, intervenção individual do estilo de vida, como por exemplo, trabalho ao nível da gestão do stress (Murta, 2007).
Para que os programas de intervenção e prevenção sejam viáveis e necessário que tenham metas e procedimentos claros e organizados (Murta, 2007).
Este tipo de intervenção pretende que diminua a taxa de abandono escolar e que o indivíduo obtenha experiências positivas neste campo, tendo acesso a mais e melhores oportunidades, de forma estimuladora para o seu desenvolvimento, evitando que se torne delinquente e criminoso (Santos, & Graminha, 2006).
A intervenção deve ser feita a nível individual e a nível grupal no sentido de conhecer a realidade de cada um e a realidade geral, isto é, de um grupo (Murta, 2007).
Conclusão
Verifica-se que os problemas emocionais são despoletados por vários problemas de ordem interna, como depressão, hiperatividade, stress ou impulsividade, e por vários problemas de ordem externa, como NSE, ambiente escolar, poucas oportunidades e fraca estimulação. Nesse sentido importa intervir junto do indivíduo no sentido de lhe dar os recursos necessários quer para a prevenção deste tipo de problemas quer para a promoção duma melhor qualidade de vida.
References:
- Murta, S.G. (2007). Programas de Prevenção a Problemas Emocionais e Comportamentais em Crianças e Adolescentes: Lições de Três Décadas de Pesquisa. Psicologia: Reflexão e Crítica, 20(1), 1-8. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/%0D/prc/v20n1/a02v20n1.pdf;
- Santos, P.L, & Graminha, S.S.V. (2006). Problemas emocionais e comportamentais associados ao baixo rendimento académico. Estudos de Psicologia 2006, 11(1), 101-109. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/%0D/epsic/v11n1/12.pdf