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O Aqueduto de Santa Clara, também conhecido por Aqueduto de Vila do Conde, é um aqueduto que se estende desde Terroso, na Póvoa de Varzim, até ao Convento de Santa Clara, em Vila do Conde, no distrito do Porto, em Portugal. Está classificado como Monumento Nacional desde 1910.
A versão espanhola da revista National Geographic elegeu o Aqueduto de Vila do Conde como o quarto mais belo do mundo, apenas atrás da Pont du Gard, em França, e dos aquedutos de Segóvia e dos Milagres, em Espanha.
História do Aqueduto de Vila do Conde
Desde a fundação do Mosteiro de Santa Clara em Vila do Conde que a comunidade se debatia com um problema: o abastecimento de água. Na altura foi construído um tanque no interior do mosteiro, mas esta revelou-se uma solução pouco eficaz com o passar dos anos.
Em 1626 D. Maria de Meneses, abadessa do mosteiro, deu início à construção de um aqueduto com o objetivo de transportar as águas de uma nascente em Terroso até ao mosteiro. Para tal, os terrenos necessários à edificação foram adquiridos pela abadessa e foram contratados mestres pedreiros para se iniciar a construção. Em 1636 a construção foi interrompida graças a um problema de desnivelamento.
Em dezembro de 1705 a nova abadessa do Mosteiro de Santa Clara, D. Bárbara de Ataíde, contratou um engenheiro militar e um capitão para definirem um novo projeto para o aqueduto. Em outubro de 1714 a água chegou pela primeira vez ao claustro do mosteiro.
Características do monumento
Inicialmente o aqueduto era formado por um conjunto de 999 arcos de volta perfeita com uma extensão que ultrapassa o atual limite do concelho de Vila do Conde. Contudo, em 1794 um furacão destruiu parte da estrutura. Entre 1929 e 1932, quando a igreja de Santa Clara foi restaurada, alguns dos arcos foram intencionalmente destruídos para que se pudesse ter uma vista melhor sobre a abside do templo.
Em traços gerais é um aqueduto em estilo românico em aparelho de pedra. A estrutura subsistente tem uma arcada cuja altura e envergadura decrescem, apresentando nalguns troços fenestração no remate superior. A obra foi dedicada pelas freiras clarissas a Santo António. Foi colocada uma imagem do padroeiro no depósito do aqueduto.
O troço da Igreja de Santa Clara até ao limite do concelho de Vila do Conde apresenta melhor conservação, numa extensão de 500 metros, num total de quatro quilómetros.