Inclusão transexual

A inclusão transexual pretende dar a estes indivíduos igualdade de direitos e oportunidades.

A inclusão transexual pretende dar a estes indivíduos igualdade de direitos e oportunidades.

De acordo com os estudos de Carvalho (2009) a inclusão transexual começa pela luta pela identidade transexual em termos de registo civil, ou seja, ajuste do nome e do sexo no cartão de cidadão do indivíduo. O argumento para esta possibilidade é o facto de o indivíduo transexual, até à mudança de sexo propriamente dito, passar, ao longo dos anos, por várias modificações corporais, para chegar o mais perto possível do género com o qual, mental e psicologicamente se identifica (Carvalho, 2009).

Quando o indivíduo transexual encontra entraves a estes direitos, começa a sentir-se estigmatizado e não incluído na sociedade (Carvalho, 2009).

Assim, a inclusão transexual pretende que, mais do que aceitar as modificações corporais do indivíduo, o mesmo seja reconhecido socialmente segundo o género com o qual se identifica, o que irá facilitar o seu processo de desenvolvimento no que concerne ao ajuste de género (Carvalho, 2009).

Com a aceitação da identidade de género, inevitavelmente, pretende-se que o indivíduo transexual possa ser tratado exatamente nas mesmas condições que qualquer outro indivíduo, de forma igualmente qualificada e em qualquer área da vida, como por exemplo, na vida profissional (Rondas, & Machado, 2015).

É desta forma que, em termos legais, podemos considerar inclusão o facto de o indivíduo poder ter a sua identidade reconhecida de forma livre, o que irá também prevenir situações de transfobia (Carvalho, 2009; Rondas, & Machado, 2015).

Conclusão

A inclusão transexual pretende que o indivíduo tenha acesso aos mesmos direitos que qualquer outro indivíduo não transexual, começando pela possibilidade de, em termos de registo civil, poder ter o sexo e a identidade ajustados ao género com o qual se identifica. Esta inclusão pretende melhorar a qualidade de vida destes indivíduos, garantindo-lhes os acessos plenos a exercer a sua cidadania.

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References:

  • Carvalho, K.K.F. (2009). Transexualidade e cidadania: a alteração do registro civil como fator de inclusão social. Revista Bioética 2009 17(3): 463-471;
  • Rondas, Lincoln de Oliveira, & Machado, Lucília Regina de Souza. (2015). Inserção profissional de travestis no mundo do trabalho: das estratégias pessoais às políticas de inclusão. Pesquisas e Práticas Psicossociais, 10(1), 192-205. Recuperado em 04 de dezembro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-89082015000100016&lng=pt&tlng=.
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