Relações de género

As relações de género podem ser observadas na infância, pelas brincadeiras praticadas entre os dois géneros e, mais tarde, na vida adulta, com as responsabilidades e suas diferenças entre homens e mulheres.

As relações de género podem ser observadas na infância, pelas brincadeiras praticadas entre os dois géneros e, mais tarde, na vida adulta, com as responsabilidades e suas diferenças entre homens e mulheres.

 

A infância

Para compreendermos a noção das relações de género, alguns autores entendem que as mesmas devem ser observadas desde a infância, fase na qual, cada género tem determinadas categorias atribuídas, em todos os níveis, tais como, o comportamento. Assim, é notório que quanto mais cedo existir uma relação de respeito entre ambos do género, mais saudáveis serão as relações que daí advêm (Finco, 2003).

Um dos atores principais diretamente relacionados por influenciar estas relações, é o educador (Finco, 2003).

Devido a estas características, no âmbito das relações de género, quando as crianças se habituam, desde cedo, a ser capazes de entrar em diversas e múltiplas relações de forma saudável, elas terão acesso a um número muito maior de experiências, o que lhes irá proporcionar um desenvolvimento bastante mais rico (Finco, 2003).

Ao ter comportamentos não categorizados pelo que é “esperado” de acordo com o género, as crianças desenvolvem relacionamentos não sexistas, o que lhes trará um ambiente em contexto de educação infantil bastante mais positivo (Finco, 2003).

A forma mais comum e frequente de compreendermos de forma clara a construção das relações de género, é através das brincadeiras e dos brinquedos utilizados, uma vez que uns brinquedos são atribuídos aos rapazes e outros brinquedos são atribuídos às raparigas (Finco, 2003).

No entanto, existem muitos brinquedos que proporcionam a possibilidade de brincar de forma evidenciada como os jogos de construção, quebra-cabeças, instrumentos musicais, entre outros (Finco, 2003).

 A vida adulta

Segundo os estudos levados a cabo por Perucchi e Beirão (2007) podemos verificar também as relações de género na fase adulta, em que o foco, quando o assunto diz respeito a este tema, diz respeito à emancipação da mulher. Verifica-se que, cada vez com mais frequência, assistimos à liderança do lar e ao sustento da família, por mulheres, principalmente nos casos de famílias monoparentais, devido ao facto de que, na maioria dos casos, as mães ficam com a guarda dos seus filhos (Perucchi, & Beirão, 2007).

No entanto, é necessário referir que, ao mesmo tempo que, cada vez mais mulheres se tornaram chefes de família, igualmente, cada vez mais homens começaram a ter mais responsabilidades na orientação do lar e na paternidade, deitando por terra certas teorias que atribuíam o papel de género dos pais como mais frio e autoritário (Perucchi, & Beirão, 2007).

Estas duas vertentes geraram a partilha das responsabilidades, tanto perante a família como perante o sustento da casa, de igual forma para os dois géneros.

Conclusão

As relações de género podem ser vistas de diferentes formas, começando logo nos primeiros anos de vida em que se observa que as brincadeiras e comportamentos associados às crianças, dependem, grande parte das vezes, do género das mesmas. No entanto, os estudos evidenciam que crianças que brincam de forma indiferenciada, têm maior probabilidade de crescer de forma mais saudável porque têm a oportunidade de adquirir mais experiências.

Já na fase adulta as relações de género evidenciam-se pelas responsabilidades atribuídas ao homem e à mulher que, nos últimos anos, tem demonstrado uma enorme evolução devido à emancipação feminina e à aproximação dos homens em relação à família.

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References:

  • Finco, D. (2003). Relações de gênero nas brincadeiras de meninos e meninas na educação infantil. Pro-Posições, v. 14, n.3 (42) – set/dez. 2003. Recuperado em 11 de outubro de 2018 de https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643863/11340;
  • Perucchi, J, & Beirão, A.M (2007). NOVOS ARRANJOS FAMILIARES: PATERNIDADE, PARENTALIDADE E RELAÇÕES DE GÊNERO OB O OLHAR DE MULHERES CHEFES DE FAMÍLIA. Clin, Rio de Janeiro, vol. 19, nº2, p. 57-69, 2007
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