Ecoturismo – (também designado de Turismo Ecológico e Turismo de Natureza) é um segmento da atividade turística que recorre ao património natural e cultural incentivando a preservação dos mesmos e ainda as práticas ambientalistas.
Surge em 1994, pelo Ministério da Indústria, Comércio e Turismo (MICT) e o Ministério do Meio Ambiente e da Amazónia Legal (MMA), em conjunto com outras entidades, o conceito de Ecoturismo, como o “segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o património natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações”.
Em 2002, a Organização Mundial do Turismo (OMT) refere-se a este segmento do Turismo como “(…)a observação e apreciação da natureza, de forma a contribuir para a sua preservação e minimizar os impactos negativos no meio ambiente natural e sociocultural onde se desenvolve (OMT, 2002).”
Assim sendo, são características do Ecoturismo: a conservação dos recursos (naturais e culturais); o benefício para as comunidades recetoras; e a educação ambiental.
Existem várias atividades que integram este segmento de mercado. São exemplos: a Tirolesa (travessia de montanhas, lagos, com recurso a uma roldana e cordas); a Cavalgada (passeios a cavalo por montanhas, vales, florestas em sintonia com a Natureza); os Passeios a pé (em veredas);o Snorkeling e flutuação (passeio no rio, onde o turista utiliza snorkel, roupas de neoprene, colete e máscara e observa a fauna e flora. Geralmente o rio tem pouca correnteza); Boia-cross (descida de corredeiras – leves – em grandes boias redondas); Birdwatching (observação de aves no seu habitat natural. O público é bastante específico pois a atividade consiste no menor impacto possível na natureza); Cicloturismo (o principal meio de transporte utilizado nesta atividade é a bicicleta, realizando-se percursos na natureza, por trilhos); Observação de fauna e flora (observação no meio ambiente, de animais e plantas, muitas vezes no âmbito da pesquisa científica); Espeleologia (ciência que investiga/estuda as cavidades naturais, assim como outros fenómenos cársticos e a sua evolução ao longo dos tempos; Trekking (consiste na prática de caminhadas, que tenham mais de um dia de duração, em zonas naturais); Parapente (aeronave em que o piloto e os passageiros se encontram suspensos por linhas); Asa-delta; Balonismo (atividade que recorre a um balão de ar quente); Canyoning (descida de penhascos e cachoeiras, com recurso a de equipamento especializado); Rafting (utilização de botes que têm capacidade entre cinco a sete pessoas, em rios); Turismo geológico (segmento do Ecoturismo, cujo propósito é o de visitar locais de grande valor geológico, tais como vulcões e geoparques).
Apesar das diversas definições do conceito de Ecoturismo, que surgem por parte de académicos e associações, existem três pilares sobre os quais assentam sempre as mesmas. São eles: o envolvimento das comunidades locais na sua prática; a educação ambiental e ainda, o desenvolvimento sustentável.
A crescente preocupação com o meio ambiente, a fauna e a flora, levam a uma maior aderência por parte dos turistas a este estilo de vida. Desta forma, ao escolher-se umas férias ecológicas deve ter-se em atenção os meios de transporte, o alojamento e o próprio comportamento diário.
Zonas que anteriormente ficaram desertas com a saída das populações dos meios rurais, antes exploradas pelo homem, para as cidades em busca de melhores oportunidades nomeadamente no que ao trabalho diz respeito, propiciou o retorno de espécies ao seu habitat.
Portugal encontra-se, assim, no que ao Ecoturismo diz respeito, em grande crescimento ganhando este segmento cada vez mais adeptos.
Já o turismo de massas é prejudicial ao meio ambiente em praticamente toda a sua essência, pois recorre ao transporte aéreo na sua grande maioria das vezes e ainda leva à produção de um elevado número de resíduos, que quase sempre não recebe o tratamento devido. Daí que para vários estudiosos, o Ecoturismo deverá sempre ser um Turismo minoritário.
References:
http://sdt.unwto.org/es/content/ecoturismo-y-areas-protegidas
http://www.gesventure.pt/newsletter/pdf/ecoturismo.pdf
http://repositorio-cientifico.uatlantica.pt/bitstream/10884/655/1/Ecoturismo-Zmar.pdf