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Apresentação da Igreja de São Francisco no Porto
A Igreja de São Francisco é uma igreja com características góticas que se situa na cidade do Porto, na Zona Norte de Portugal e que começou a ser construída durante o século XIV como parte de um convento franciscano.
A Igreja de São Francisco é um monumento nacional que se localiza na União das Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória, mais precisamente na cidade do Porto, na Zona Norte de Portugal Continental. A Igreja de São Francisco começou a ser construída durante o século XIV e era parte integrante de um convento de ordem franciscana. Da sua construção e decoração destaca-se o estilo gótico, que domina o monumento e o notável conjunto de talha dourada de estilo barroco que a Igreja de São Francisco possuí no seu todo. A construção tem anexada à sua entrada principal a Igreja da Venerável Ordem Terceira de São Francisco, uma igreja de estilo neoclássico cuja construção começou no ano de 1692 sob a direção e orientação de Luigi Chiari, italiano.
O edifício da Igreja de São Francisco está classificado como Monumento Nacional e está também abrangido por outras classificações relativas ao Centro Histórico do Porto e à Zona Histórica do Porto. A obra de construção da igreja começou no ano de 1383 e foi terminada no ano de 1410 e teve uma função conventual.
Arquitetura e arte na Igreja de São Francisco
Exterior
A Igreja de São Francisco tem, na fachada principal da igreja, uma rosácea de estilo gótico que foi elaborada e decorada de forma cuidada e rica. Nos dias de hoje é o único elemento da decoração original da obra e existe também um portal de estilo barroco que se encontra organizado em dois níveis onde está contida uma estátua de São Francisco de Assis – um frade católico de Itália que fundou a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Ordem Franciscana – que é suportada por colunas salomónicas. Ainda no exterior da Igreja de São Francisco existe o portal Sul, orientado para o rio, que é uma autêntica peça de estilo gótico. Em relação à fachada principal, o portal Sul é mais saliente e possui uma gablete decorada com um pentagrama. O Portal abre-se sobre um conjunto de arquivoltas que são decoradas com altos-relevos de influência mudéjar. A Igreja de São Francisco possui três naves com cinco tramos em que a nave principal é maior em relação às naves laterais. O transepto encontra-se do lado nascente da igreja e desse lado encontra-se também uma abside que tem por sua vez três capelas. O cruzeiro da igreja é iluminado por janelas grandes dos braços do transepto e da capela-mor assim como pela rosácea gótica, de pequenas dimensões que se encontra sobre a capela-mor com traços e com forma de pentagrama.
Interior
No interior da Igreja de São Francisco, no Porto, destacam-se os retábulos que foram construídos ao longo do século XVII. No ano de 1595 foi construído o retábulo de São Brás, uma obra realizada por Manuel da Ponte; Entre os anos de 1612 e o ano de 1615 foi feito o retábulo da Capela de Nossa Senhora dos Anjos, uma obra ao cargo de Francisco Moreira e que foi pintado e dourado por Inácio Ferraz de Figueiredo, pintor. Já no ano de 1680 foram intervencionados alguns retábulos, em particular o retábulo da confraria de São Brás e de São José, que foram dourados pelo artista da época, Manuel Ferreira.
A Igreja de São Francisco foi alvo de remodelações profundas no início do século XVIII, quando o seu interior sofreu uma profunda mudança e foram construídos os principais retábulos de talha dourada que ainda hoje podem ser observados no monumento e que são uma das suas maiores características e riquezas a nível artístico e histórico. Na Capela de Nossa Senhora da Conceição pode-se encontrar o retábulo-mor, uma obra que foi inteiramente reconstruída entre os anos de 1718 e de 1721 e que tem autoria de Filipe da Silva e António Gomes. Além disso o retábulo-mor teve ainda intervenções do escultor Manuel Carneiro Adão. Em 1724 realizou-se o retábulo da Capela de Santo António através do entalhador Luís Pereira da Costa e até 1744 construíram-se os retábulos de Nossa Senhora do Socorro e Nossa Senhora da Rosa que foram entalhados por Manuel da Costa Andrade através de um desenho obra de Francisco do Couto e Azevedo. Também entre 1750 e 1751 foram construídos retábulos da Anunciação da Nossa Senhora, de Nossa Senhora da Encarnação e dos Santos Mártires de Marrocos, obras a cargo de Manuel Pereira da Costa Noronha. Destaca-se ainda a obra entre 1764 e 1765 do retábulo de Nossa Senhora da Soledade, pelo entalhador Francisco Pereira Campanhã.