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A Estação Arqueológica de Alter do Chão situa-se na vila de Alter do Chão. Também é denominada de Ferragial d’El Rei.
Esta estrutura representa uma pequena parte do aglomerado urbano de Abelterium. O seu principal ex-libris é um mosaico único na Península Ibérica datado do século IV. Este mosaico representa um herói da Eneida a empunhar um escudo com a figura da Medusa, estando rodeado de guerreiros gregos e frígios.
O espaço foi aberto ao público a 13 de maio de 2010. Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1982.
História da Estação Arqueológica
Durante o período da presença romana na península, Alter do Chão terá desempenhado um papel importante, como é possível atestar pelos vestígios encontrados.
Na altura, o aglomerado urbano de Alter do Chão corresponderia à antiga Albelterium e acredita-se que terá assumido o papel de capital de civitas.
A estação arqueológica de Alter do Chão foi descoberta em meados dos anos 50 do século anterior, enquanto se realizavam trabalhos de construção do campo de futebol municipal. Em 1956 foi objeto de escavação e foi descoberta uma zona de construção correspondente ao primitivo balneário, como nos casos do sistema de canalizações, pavimentados com argamassa e mosaicos policromos decorados com motivos geométricos.
Nos anos 70, 80 e início de 2000 foram levadas a cabo novas intervenções. Estas permitiram identificar um número considerável de estruturas romanas de caráter habitacional datadas dos séculos II a IV d.C. Entre os objetos identificados encontram-se numismas, esculturas, cerâmica doméstica e cerâmica de construção, fragmentos de vidro, de mós e elementos de adorno, como alfinetes de osso. Destaca-se ainda a descoberta de um edifício com mosaicos e umas termas.