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O Castelo de Torre de Moncorvo situa-se na freguesia, vila e concelho de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, em Portugal.
Do antigo castelo restam apenas as secções das muralhas, ou seja, a designação “castelo” é habitualmente aplicada ao espaço retangular sobranceiro à Praça Francisco Meireles. Caracteriza-se por fortes muros de cantaria. A plataforma serve de largo dos Paços do Concelho.
Os remanescentes do castelo, ou seja as muralhas, estão classificados como Imóvel de Interesse Público desde 1955.
História do Castelo de Torre de Moncorvo
A povoação foi criada como uma vila nova em 1285, durante o reinado de D. Dinis. Datará deste período a construção do castelo, citada pelo soberano em 1295.
No reinado de D. Afonso IV foi determinada a construção de uma barbacã, que permite identificar a construção desta estrutura defensiva exterior. No reinado de D. Fernando, em 1376, iniciou-se a construção de oito torreões de planta quadrangular.
Em 1721 algumas portas e trechos da muralha foram demolidos. No início do século XIX a Câmara Municipal classificava o castelo irrecuperável. Assim, foi projetada a sua demolição em 1842. A zona foi rebaixada e ergueram-se novos edifícios públicos.
O que restou do castelo de Torre de Moncorvo, nomeadamente alguns troços de muralha, foram classificados como Imóvel de Interesse Público a 20 de outubro de 1955.
Entre 1988 e 2001 foram desenvolvidos trabalhos arqueológicos com o objetivo de encontrar vestígios do antigo castelo e das edificações envolventes. Em 2018 a Câmara Municipal de Torre de Moncorvo anunciou um investimento de 500 mil euros na musealização das ruínas do castelo.
Características do monumento
O Castelo de Torre de Moncorvo localiza-se em posição dominante a oeste da vila. Apresentava planta quadrangular irregular em aparelho de granito. A sua praça de armas estaria livre de quaisquer fortificações. Alguns desenhos datados de 1815 permitem perceber que o castelo tinha duas torres: uma voltada para o interior e outra para o exterior. Uma porta em arco abatido a leste permitia o acesso ao interior.
A zona era envolvida por uma cerca de planta ovalada em estilo gótico em pedra de xisto. Nas muralhas rasgavam-se três portas:
- Porta de São Bartolomeu a norte;
- Porta de Nossa Senhora dos Remédios, conhecida por Porta da Vila;
- Porta do Castelo a sul