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O Castelo de Sines localiza-se na freguesia, cidade e concelho de Sines, no distrito de Setúbal. O local constituiu-se naturalmente como ponto de vigia e defesa do litoral, dado que Sines é um importante porto de pesca, o de maior profundidade de Portugal. Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1933.
História do Castelo de Sines
A ocupação humana do morro do castelo remonta à pré-história, nomeadamente ao período Paleolítico. Posteriormente o território vou romanizado, como é possível comprovar pelos testemunhos arqueológicos encontrados, nomeadamente o pedestal de uma estátua consagrada a Marte. Este pedestal foi mais tarde incorporado às suas muralhas. Além disso, também é possível comprovar a presença de Visigodos, sucedidos pelos Muçulmanos.
Durante a Reconquista Cristã da Península Ibérica, a região foi conquistada por D. Sancho I entre o final do século XII e início do século XIII. D. Afonso II fez a doação dos domínios de Sines aos cavaleiros da Ordem de Santiago e D. Pedro I concedeu a carta de foral à povoação em novembro de 1362. O castelo foi erguido de raiz apenas em 1424 por solicitação de Francisco Neto Chainho Pão Alvo. Já sob o reinado de D. Manuel I a povoação recebeu o foral novo em 1512.
No início do século XVII o litoral sul do país foi vistoriado pelo engenheiro-militar e arquiteto Alexandre Massai, que propôs a reedificação da fortificação de Sines de forma a adaptá-la às novas necessidades bélicas. No entanto, esta renovação não se concretizou.
No período da Guerra Peninsular, as tropas napoleónicas saquearam a vila e picaram a pedra de armas com o brasão real que encimava o portão de armas do castelo. Durante as Guerras Liberais foi de Sines que D. Miguel embarcou para o exílio, em julho de 1834.
Entre 1998 e 2001 foram desenvolvidos trabalhos no Castelo de Sines com vista a recuperar e consolidar os panos exteriores das muralhas e a beneficiação de algumas zonas do interior.
Características do Castelo de Sines
O castelo conserva a estrutura medieval das muralhas coroadas de ameias e a Torre de Menagem. Tem uma área de apenas meio hectare, uma vez que à data da sua construção tardia, a povoação já estava definida. Apresenta planta trapezoidal irregular, reforçado por três torrões, dois de planta poligonal nos ângulos da fachada norte e uma torre de planta circular no vértice sudoeste.
A Torre de Menagem está erguida a noroeste, dividida internamente em três pavimentos. O alçado voltado para a vila é rasgado por três janelas.
Na praça de armas identificam-se as ruínas do Paço dos Alcaides onde, de acordo com a tradição, Vasco da Gama teria nascido.