Freya

Freya, na mitologia nórdica é a deusa do amor, fertilidade, batalha e morte.

Freya, na mitologia nórdica, é irmã e a expressão feminina em oposição a Freyr, sendo a deusa do amor, fertilidade, batalha e morte. O seu pai é Njord, deus dos mares. O seu nome deriva da expressão “Freyja” do antigo dialecto nórdico, que significava “senhora”. Oriunda da classe Vanir, tornou-se membro honorário dos Aesir após a guerra entre os Aesir e os Vanir. O porco era o seu animal sagrado e surgiu por vezes montada num grande porco de pêlo dourado. Em outras representações também era vista a conduzir uma carroça puxada por gatos.

Freya era também conhecida pela beleza e os bens matérias que possuía. Num dos poemas de Eddic, o deus Loki acusa Freya de se ter deitado com todos os deuses e elfos, incluindo o seu irmão. Isto era apenas um dos contos que destacavam a sua atitude leviana, apaixonada e sempre em busca de prazer e emoções. Foi no entanto Freya a primeira deusa a mostrar aos deuses as artes mágicas e mais tarde aos humanos também. Sendo perita no controlo e manipulação dos desejos e prosperidade dos outros, era por um lado acusada de ensinar magia negra aos Aesir e por outro uma deusa respeitada pela sua sabedoria e poder de influência.

Freya era também responsável pelo reino do submundo, Folkvangar. Tinha como privilegio, o direito de escolha de uma das metades de cada guerreiro morto em combate, levando-a para o seu território, enquanto Odin levava a outra metade para Valhala.

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Freya a deusa da fertilidade.

Durante a Era Viking, existia uma prática de magia e xamanismo conhecida como Seidr. Consistia em desvendar o destino e alterar o seu rumo alterando partes do seu trajecto. Freya ocupava um lugar de destaque entre os crentes que acreditavam na imensidão deste poder. As mulheres que praticavam esta arte eram apelidadas de Völva e deambulavam de vila em vila, fazendo rituais em troca de comida, lugar para dormir e outras comodidades. Eram vistas de forma ambígua, por vezes como bruxas a temer e por vezes como guias respeitadas.

Durante o período da migração que precedeu a Era Viking, as tribos germânicas tinham chefes que eram casados com mulheres que desempenhavam o papel de adivinhas. A sua função era prever o resultado de um plano de ataque ou defesa durante as guerras, através de rituais de adivinhação que influenciavam as tropas. Eram também elas que serviam um licor especial que simbolizavam o poder espiritual durante os ritos e festivais.

As semelhanças com Frigg

Embora na velha literatura nórdica se encontre a base da religião que definia Freya e Frigg estas duas entidades tinham diversas semelhanças entre si. Já as diferenças acabam por ser superficiais e poderão ter sido separadas pouco tempo antes da conversão dos escandinavos e islandeses ao cristianismo. Durante o período da migração Freya era a mulher do deus que mais tarde viria a ser Odin. O marido original de Freya seria Oor, que raramente é referido na literatura nórdica, mas significa “êxtase, inspiração ou furor”. Na prosa de Edda ele é apontado como alguém que está sempre em longas viagens e por quem Freya chorava lágrimas de ouro vermelho. Em comparação, muitos dos contos antigos que envolvem Odin referem que este viajava muito entre os nove mundos e raramente ficava por muito tempo em Asgard. Assim o parceiro de Freya parece ser uma antiga extensão de Odin.

Além disso, Freya e Frigg são ambas acusadas de infidelidade aos maridos. Na saga de Ynglinga, quando Odin é exilado, os seus irmãos Vili e Ve tomam o comando e ambos se deitam com Frigg. Os historiadores tentam encontrar diferenças que separem Freya de Frigg, através dos contos onde surgem que podem sugerir que uma seja mais promíscua que a outra, mas na realidade as semelhanças nas atitudes são imensas. No conto de Lokasenna, Loki acusa Frigg de ser infiel e Freya avisa Loki de que ela também tem o poder de saber o destino de todos os seres e de o alterar se assim entender. No seu todo são deusas que desempenham papéis muito semelhantes.

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