Poseidon foi uma divindade grega da Antiguidade Clássica, um dos doze deuses do Olimpo. Ele pertence à segunda geração dos deuses gregos, uma vez que é filho de Cronos e Reia. Era irmão das deusas Héstia, Hera e Deméter e dos deuses Hades e Zeus. Poseidon era o deus dos mares, dos oceanos e dos terremotos.
Dizem os mitos que após Poseidon e seus irmãos derrotarem Cronos e os demais titãs, houve uma divisão territorial entre os três deuses. Zeus ficou com o comando dos céus. Hades se tornou o senhor submundo e dos mortos. Poseidon, por sua vez, ganhou a tarefa de comandar o reino das águas furiosas do mar e dos oceanos.
Assim como seu irmão Hades, o deus dos mares aparece com um papel pouco expressivo dentre os três irmãos. Recolhido às profundezas dos oceanos, o aparecimento de Poseidon em mitos e narrativas foi um tanto restrito. Sua primeira aparição é na Teogonia, de Hesíodo, em que é narrado seu nascimento e o conflito entre os deuses e os titãs pelo controle do mundo.
As mulheres de Atenas
Poseidon tem participação importante na fundação da cidade de Atenas. De acordo com o os mitos, ao fundar uma cidade, o rei Cécrope I percebeu que nela surgiram uma fonte de água e uma oliveira. Ao consultar o oráculo de Delfos, Cécrope I recebeu como resposta que a fonte representava o deus Poseidon e que a oliveira representava a deusa Palas Atena. A tarefa do povo, então, era decidir qual dos dois nomearia a cidade recém fundada.
Nessa época, as mulheres da Ática possuíam pleno direito ao voto. Todos os cidadãos, dessa forma, foram convocados para realizar uma votação. Os homens votaram todos em Poseidon; as mulheres, por sua vez, votaram em Palas Atena. A deusa da sabedoria venceu por um voto. Poseidon, irado pela derrota, enviou ondas poderosas que atacaram a cidade.
A única forma de apaziguar a ira do deus dos mares foi as mulheres atenienses aceitarem três castigos. Em primeiro lugar, perderam o direito de votarem. Em segundo lugar, nenhum filho delas teria o nome da mãe. Por último, ninguém poderia chama-las de atenienses.
Poseidon e a ira das águas
Poseidon aparece tanto na Ilíada quanto na Odisseia, ambos poemas épicos de Homero. Na Guerra de Troia ele aparece todo-poderoso, como deus supremo dos mares e oceanos. Ele comanda as ondas, as marés e as correntes marítimas e oceânicas, além de provocar tempestades em alto mar e nas praias do continente. O deus auxilia os gregos durante sua viagem à Troia, apesar de ser mais conhecido por prejudicar a viagem dos marinheiros.
No poema Odisseia, Poseidon tem grande participação ao tentar, de todas as formas, destruir Odisseu. Diz a narrativa que herói grego feriu uma das crias de um dos ciclopes do deus dos mares, o que levou Poseidon a se vingar do guerreiro por vários anos até que ele finalmente retornasse à casa, em Ítaca.
Era comum que os navegantes e marinheiros realizassem preces e sacrifícios em seu nome para que suas viagens fossem bem-sucedidas. Entre os rituais de sacrifício estava incluso afogar cavalos no mar. Poseidon, no entanto, era um deus caprichoso, vaidoso e muito vingativo. Costumava atrapalhar as navegações dos mortais apenas por diversão.
Poseidon costuma ser representado de forma muito semelhante aos irmãos Hades e Zeus. Há mitólogos que acreditam, inclusive, que eles representam uma única divindade. Os três possuem barba e cabelos espessos e quase sempre aparecem nus. Ele costuma ser melhor identificado por portar em grande parte das esculturas um tridente, cuja posse lhe permitia causar maremotos e terremotos. Cavalos-marinhos e golfinhos são seus companheiros e símbolos.
References:
https://www.britannica.com/topic/Poseidon