Pedro V

Pedro V de Portugal foi um dos soberanos mais amados e respeitados pelo povo, fruto da sua personalidade e políticas sociais.

Biografia de Pedro V:

Pedro V de Portugal era filho de Maria II com Fernando II, nasceu a 16 de Setembro de 1837. Reinou de 15 de Novembro de 1853 ate a sua morte a 11 de Novembro de 1861. Casou-se com Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, não resultando nenhum herdeiro desta união. Ficou conhecido para a História como ‘O Esperançoso’ e ‘O Muito Amado’.

Pedro V de Portugal

Pedro V de Portugal

Pedro V assumiu o trono português após a morte da mãe em 1853, e com a regência do pai até atingir a maioridade. Procurou promover a conciliação do reino, após a guerra civil vivida uns anos antes. As crónicas descrevem-no como um soberano consciente e preocupado com as questões sociais, fruto do trabalho educacional junto das populações, e conhecedor dos paradigmas políticos europeus da época.

Estudou ciências naturais, filosofia, história, grego, latim e inglês. Teve Alexandre Herculano como principal educador, potenciando o seu lado mais humanístico.

Durante o seu reinado é inaugurado o primeiro telégrafo eléctrico do país, a linha ferroviária entre Lisboa e o Carregado e é dado início às viagens regulares de barco entre a metrópole e Angola.

Era um humanista de pleno direito, fundou em 1859 o Curso Superior de Letras. O seu lado social e humano era bem ilustrado pela postura anti esclavagista e exemplificado com a apreensão de um navio francês dedicado ao comércio de escravos, no mar de Moçambique. Pedro V acabou por libertar o barco face à pressão exercida pelo governo francês, demonstrando a pouca influência e capacidade portuguesa em impor-se perante as grandes potências europeias.

Tornou-se extremamente popular e amado no reino, ao acompanhar os doentes afectados pelos surtos epidémicos que flagelaram Portugal durante o seu reinado, demonstrando uma postura diferenciada da generalidade dos governantes, que procuravam refúgio em locais isolados e seguros.

Em 1858 casou-se com Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen. Ao ficar viúvo logo no ano seguinte, cumprir o desejo da esposa e fundou um hospital em seu nome, o Dona Estefânia em Lisboa.

Morreu a 11 de Novembro de 1861 com apenas 24 anos, segundo os dados médicos da época de febre tifóide. A população que o adorava suspeitando de envenenamento, revoltou-se. Foi sucedido no trono pelo irmão Luís I, o seu corpo jaz no Panteão Real da Casa de Bragança em Lisboa, na Igreja de São Vicente de Fora. A sua postura social de caridade, cuidado, respeito pelo próximo e amor pelo povo, tornaram-no dos soberanos mais respeitados e amados da monarquia portuguesa, demonstrando que os grandes governantes não se cingem apenas a actos políticos.

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References:

SOUSA, Manuel, Reis e Rainhas de Portugal, SporPress, 1.ª edição, Mem Martins, 2000

SERRÃO, Joaquim Veríssimo ; História de Portugal, Verbo, em publicação desde 1977

 

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