Zinédine Yazid Zidane, também apelidado no mundo do futebol como Zizou, filho de pais argelinos é o mais novo de cinco irmãos, nasceu em França, na cidade de Marselha a 23 de Junho de 1972. Zidane marcou o futebol como um dos melhores de sempre enquanto jogador e é actualmente um dos treinadores mais promissores do mundo, enquanto jogador, alinhou pelo Cannes, Bordéus, Juventus e Real Madrid. Foi ao serviço dos merengues que terminou a carreira e onde é hoje o treinador da equipa principal de futebol.
Sir Alex Ferguson disse um dia, “Se me derem Zidane e dez pedaços de madeira eu ganho a liga dos campeões”. Por aqui, conseguimos perceber que estamos a falar de alguém acima dos demais. Zidane começou a jogar futebol no sul de França, primeiro no Victório Mello FC e depois no Septèmes-les-Vallons, sempre com o sonho de jogar pelo seu clube de coração, o Marselha, no entanto, foi o Cannes que surgiu na carreira de Zizou, primeiro durante seis semanas num período de testes e depois durante quatro épocas. A passagem pelo clube ficou marcada pelos conflitos do jogador com companheiros, adversários e até adeptos, isto por insultos raciais e familiares, que na altura não conseguia controlar, isto levou inclusive a que fosse contestado pelos próprios adeptos, contribuindo assim para a sua saída do clube em 1992, rumo ao Bordéus.
A cidade onde o vinho é rei viria a dar lugar ao aparecimento do novo rei do futebol francês, Zidane chegou e afirmou-se desde o início. Tal como em Cannes, esteve também quatro anos ao serviço do Bordéus, onde venceu uma taça Intertoto e chegou à selecção francesa, onde se tornou pedra basilar. As boas exibições pelo clube e pelos Les Bleus chamaram a atenção dos gigantes europeus e em 1996, acabada de vencer a liga dos campeões, a Juventus leva a melhor sobre a concorrência e consegue a contratação do, à altura intitulado, “Novo Platini”. Com o tempo, Zidane mostrou que não estava em Turim apenas para seguir as pisadas de Platini, mas sim para criar o seu próprio caminho. Começou logo a vencer, primeiro o Paris Saint-Germain na final da supertaça europeia e depois o River Plate na final do mundial de clubes, esta final com os argentinos teve uma particularidade para Zizou, enfrentou o seu ídolo de infância, Enzo Francescoli, Zidane admirava-o tanto que deu o nome de Enzo ao seu filho.
O trajecto do francês ao serviço da “Velha Senhora” começou com brilhantismo e assim foi até ao fim da sua passagem pelo clube, foram cinco anos em Turim onde, além dos títulos referidos anteriormente conquistou duas ligas italianas e uma supertaça, o império de Zidane pela Juventus durou até 2001. Foi enquanto jogador dos bianconeri que Zizou teve a glória pela selecção francesa, primeiro em 1998 no mundial de França, onde a selecção anfitriã bateu o Brasil por 3-0 numa exibição soberba do jogador, coroada com dois golos que deram o título mundial aos franceses, e dois anos depois no euro 2000, nova vitória francesa, desta vez sobre a Itália. Estas conquistas e boas exibições deram a Zidane a bola de ouro de 1998, tornando-se no terceiro francês a vencer o galardão, depois de Raymond Kopa e Michel Platini.
O futebol no início deste século ficou marcado pela era dos “galácticos”. Ideia que partiu do presidente do Real Madrid, Florentino Pérez que queria apetrechar os merengues com os melhores jogadores do mundo, se a primeira contratação desta era foi Luís Figo, a segunda foi Zidane, num negócio que bateu todos os records até então, o Real Madrid contratou o francês por 77 milhões de euros. Zidane foi visto imediatamente como a maior jóia da coroa merengue e do novo projecto, que visava juntar os galácticos com os produtos da formação madridista, teve o nome de “Zidanes e Pavóns”, referência ao jovem jogador Francisco Pavón, que era visto como um dos melhores jogadores a sair da formação do Real Madrid.
A ideia de dominar o futebol espanhol e mundial não se realizou dentro de campo, em cinco épocas no Real, Zidane venceu apenas por uma vez a liga espanhola e duas supertaças de Espanha, mas conseguiu o título maior que lhe faltava, a liga dos campeões, em 2002 numa final frente ao Bayer Leverkusen, o Real venceu por 2-1 com um dos golos a ser apontado por Zizou, este golo é aliás visto como um dos melhores da história do futebol, acrescentando assim um dos títulos mais importantes que lhe faltava no currículo.
Zidane pendurou as chuteiras em 2006, mas manteve-se sempre ligado ao Real Madrid, primeiro como diretor desportivo da equipa, passando depois a adjunto de Carlo Ancelotti e mais tarde como treinador da equipa B do clube. A meio da época 2015/2016 sucedeu a Rafa Benítez no comando da equipa principal onde se mantém atualmente, tendo já conquistado uma liga espanhola, uma supertaça de Espanha, duas supertaças europeias, dois mundiais de clubes e duas ligas dos campeões, tornando o Real Madrid o primeiro clube a vencer o formato Champions league duas vezes consecutivas.