Pedro Miguel Carreiro Resendes, mais conhecido por Pedro Pauleta é um ex-avançado nacional que teve o seu pico de carreira em França tendo sido dos melhores avançados de sempre da selecção nacional.
Nasceu na Ilha dos Açores, a 28 de Abril de 1973. Passou pela equipa de Juniores do Futebol Clube do Porto mas não tendo hipóteses de integrar a equipa principal regressou aos Açores e foi para o Santa Clara, Operário, Angrense e Clube União Micaelense na época de 94/95, passando na temporada de 95/96 para o Estoril Praia, onde fez uma excelente época. Isso chamou à atenção de olheiros internacionais e Pauleta partiu para a equipa de Salamanca que militava na II Divisão Espanhola. Fez um ano muito bom, marcando 19 golos em 37 jogos pelos espanhóis, ajudando o clube a subir ao escalão máximo. Continuou na equipa espanhola e repetiu a boa época, com mais 15 golos, em 34 jogos.
A excelente técnica, aliado à sua mobilidade faziam de Pauleta um dos adversários mais difíceis de marcar e por isso, marcou sempre muitos golos pelos clubes por onde passou. O Deportivo da Corunha garantiu a contratação do atleta luso para as épocas seguintes, tendo Pauleta ficado duas temporadas ao serviço dos galegos, com menos golos do que os que havia marcado pelo Salamanca, mas com uma maior preponderância no jogo defensivo e ofensivo da equipa. Era um homem mais de equipa e menos de área. E isso revelou-se vital para levar o Deportivo da Corunha à conquista do Campeonato Espanhol, em 1999/2000 e assim, Pauleta conquistava o seu primeiro título. Em 2000, transfere-se para o Bordéus, clube francês onde teria papel de destaque no ataque. Ter vindo para França foi a melhor decisão que podia ter tomado. Pelo Bordéus, o português marcou 65 golos em 98 jogos do campeonato francês e pelo Paris Saint-Germain, equipa que o contratou em 2003/2004 e onde esteve cinco épocas, foi um dos ídolos dos adeptos, face às exibições e aos muitos golos que marcou com a camisola dos parisienses. Apesar de não ter ganho nenhum campeonato, venceu duas edições da Taça da França, em 2004 e 2006 e repetiu, em 2008, o triunfo obtido na Taça da Liga em 2002, pelo Bordéus. Em França, foi considerado por duas vezes, o melhor futebolista do campeonato e foi o melhor marcador do campeonato por três ocasiões, a primeira foi pela equipa do Bordéus em 2001/2002 e em 2005/2006 e na época seguinte pela equipa parisiense. Inclusive, em 2010, foi distinguido como o melhor jogador de sempre do Paris Saint-Germain.
Pauleta foi o primeiro internacional português a tornar-se internacional sem ter jogado no principal campeonato português. A primeira internacionalização foi em Agosto de 1997, frente à selecção da Arménia. Em Março de 1999, Pauleta faria os primeiros golos pela selecção nacional ajudando na goleada de 7-0 que a selecção lusa aplicou à formação do Azerbaijão. Fez parte da convocatória no Europeu de 2000, Mundial de 2002, Europeu de 2004 e Mundial de 2006. Nas fases finais não se mostrou com muitos golos, à excepção do hat-trick que marcou à Polónia no Mundial de 2002. Ainda assim, foi um dos elementos mais decisivos em qualquer das fases de qualificação para o apuramento português porque os seus golos valeram muitas vitórias, tendo sido o melhor marcador europeu da fase de qualificação para o Mundial de 2006.
A 12 de Outubro de 2005, ultrapassou Eusébio como melhor marcador da selecção portuguesa e até ao final da carreira, estabeleceu um novo recorde, com 47 golos marcados. Durante mais de oito anos, foi o recordista, tendo sido ultrapassado por Cristiano Ronaldo. Acabou a carreira em 2007, ainda que tenha regressado em 2010 para jogar num clube dos Açores, terra natal, mas ainda continua a seguir o futebol de perto mas sem as chuteiras colocadas. Actualmente, é dirigente da Federação Portuguesa de Futebol, sendo o director nacional dos escalões de formação.
A 9 De Junho de 2003 foi feito Comendador da Ordem de Mérito e no ano seguinte, Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique.