O conceito de megacidade é utilizado para definir um centro urbano com uma aglomeração urbana de mais de dez milhões de habitantes e que esteja dotada de um rápido processo de urbanização. O termo foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) perante a necessidade de definir uma cidade cujo contingente populacional é tão elevado que chega a ser superior ao de alguns países.
Atualmente, as megacidades englobam mais de um décimo da população urbana mundial. Se, em 1950, não existia nenhuma megacidade, em 2013 a ONU já contabilizava 27. A maioria destas megacidades estão situadas em países emergentes que passaram por processos de urbanização recentes, elevados e acelerados que potenciaram a concentração da população em áreas específicas dos seus territórios.
Na última listagem das cidades mais populosas do mundo, referente a 2016, Tóquio, no Japão, é a maior megacidade existente, com mais de 38 milhões de habitantes na sua área metropolitana. De facto, dado o elevado número de habitantes, Tóquio é já considerada uma “metacidade”. Nas megacidades do mundo, só a China tem seis megacidades: Xangai, Beijing, Chongqing, Guangzhou, Tianjin e Shenzhen. Se juntarmos estas seis megacidades temos uma população de quase 100 milhões de pessoas. Segundo alguns estudos desenvolvidos pela ONU, em 2050, sete em cada 10 pessoas viverão em cidades, o que potenciará o aumento das megacidades.
Problemas associados a uma megacidade
A dinâmica de urbanização destas cidades potenciou uma série de problemas sociais, ambientais e económicos, uma vez que o crescimento decorreu de uma forma mais intensa do que as suas estruturas permitiram suportar. Entre os principais problemas destacam-se:
- Elevados índices de criminalidade
- Elevado crescimento demográfico
- Pobreza
- Falta de saneamento básico
- Poluição ambiental, sonora e visual
- Violência urbana
- Proliferação de doenças respiratórias e alérgicas
- Congestionamento
- Dificuldades na mobilidade urbana
- Dificuldades ao nível do abastecimento de água e energia