Um organismo vivíparo é aquele caracterizado por neonatos que nascem completamente livres e cujos embriões se desenvolvem completamente ou quase, no interior do corpo materno, dentro de uma estrutura que lhes confere protecção e fornece os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Em vivíparos como alguns répteis, os ovos são depositados recobertos por um fino saco membranoso do qual emergem os neonatos ao fim de poucos dias. A viviparidade é considerada uma característica derivada da oviparidade. É uma forma de desenvolvimento que ocorre em mamíferos, e em alguns grupos de répteis, anfíbios e peixes.
Em organismos vivíparos, como os mamíferos placentários, o desenvolvimento do embrião ocorre na placenta e está completamente dependente do corpo da mãe para completar o seu desenvolvimento. A placenta protege o embrião dos choques, das alterações ambientais, da dessecação, e fornece-lhe os nutrientes necessários através do cordão umbilical que liga o corpo da mãe ao do feto. Desta forma, os nutrientes passam directamente do sistema circulatório materno para o embrião, já que, o seu sistema digestivo ainda não é funcional até ao momento do nascimento.
O custo energético desta estratégia de desenvolvimento é elevado para a mãe, porém, o aumento da taxa de sucesso do desenvolvimento destes embriões devido aos grandes cuidados parentais que lhes são dispensados é uma vantagem muito compensatória para a espécie.
References:
Nunes, R. B. (2008). EVOLUÇÃO DA VIVIPARIDADE EM SQUAMATA: CENÁRIOS EVOLUTIVOS E RARIDADE DOS ESTÁGIOS INTERMEDIÁRIOS. Sumário _ Volume, 1984, 21.