A Microevolução é um processo evolutivo que ocorre no interior das espécies e que modela a genética das populações naturais, produzindo mudanças graduais como a alteração nas frequências alélicas, e produzindo padrões de diversidade genética que evoluem ao longo das gerações.
O modelo evolutivo neo-Darwinista
O modelo evolutivo neo-Darwinista ou Síntese Moderna, que resultou da combinação entre a genética Mendeliana e a Selecção Natural de Darwin e Wallace, dominou a Biologia Evolutiva durante o século XX.
Este modelo postula que as mudanças evolutivas resultam da acção da Selecção Natural na variação intrapopulacional. Esta abordagem tem sido denominada de ‘Paradigma Adaptacionista’ ou ‘Adaptacionismo’. Esta teoria foca-se na adaptação e, principalmente, na acção da evolução ao nível dos genes e nas mudanças nas frequências alélicas dentro das populações. De acordo com o modelo, a variabilidade genética resulta de fenómenos como a recombinação e a mutação, contudo, a teoria admite uma parcela de influência de fenómenos meramente estocásticos como a ‘Deriva Genética’ e o ‘Efeito de fundador’.
Na Síntese Moderna, a Selecção Natural é encarada como um fenómeno determinístico. O reconhecimento de padrões na maneira como se articula variabilidade genética e ambiental, leva a que os processos evolutivos sejam encarados como passíveis de serem previstos na sua grande extensão, de acordo com o pensamento neo-Darwinista. Desta forma, as características que ocorrem nos organismos são vistas como produtos da adaptação e da sua acção no aperfeiçoamento da performance dos indivíduos e, em última análise, no aumento do seu sucesso reprodutivo. Assim, de acordo com o modelo neo-Darwinista, o fenótipo é o resultado da acção da Selecção Natural no potencial de aptidão de uma dada espécie ou população, dotando-a de recursos para melhor se integrar num dado ambiente.
References:
- Mark Jobling, Edward Hollox, Matthew Hurles, Toomas Kivisild, Chris Tyler-Smith. (2013) . Human Evolutionary Genetics. Garland Science.