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Totem e Tabu
Obra escrita por Sigmund Freud em 1913 tendo sido antes, em 1912, publicada em 4 partes na revista Imago. A análise científica deste livro sintetiza-se na relação entre a lei e o desejo na sua associação à moralidade e daí o autor parte para aquilo que mais se destaca: a neurose obsessiva, em particular.
Está dividida em 4 capítulos: o horror ao incesto, o tabu e ambivalência dos sentimentos, animismo, magia e omnipotência dos pensamentos e retorno infantil do totemismo. No primeiro capítulo, o autor serve-se de uma descrição sobre o totemismo para explicar a lei que proíbe as relações sexuais entre os elementos de uma mesma comunidade – no totem (símbolo) – e associa-as na sua implicação inconsciente e moral na relação entre filhos e pais nas sociedades modernas. Estabelece uma relação entre o desejo ao incesto e o psiquismo infantil. A primeira escolha objetal é fundamentada no amor aos pais, objetos incestuosos e proibidos que são abandonados, contudo existe na neurose um certo apego à infância e aos seus primeiros objetos. No segundo capítulo, a ambivalência de sentimentos sobre o mesmo objeto é abordada através do simbolismo e as suas implicações no inconsciente, sobre a noção de tabu também analisada à luz das sociedades mais arcaicas – impuro e perigoso versus sagrado e proibido. Associado à neurose transparece a argumentação sintomática e a dominância de tendências contraditórias – o proibido e o desejo. No terceiro capítulo faz uma associação entre o desejo e a possibilidade de construir em consonância com esse mesmo desejo. O trabalho de sublimação está implícito nas suas argumentações sobre o animismo, a religiosidade e a cientificidade. No último capítulo, chama a atenção ao leitor para o complexo de édipo, através do rebuscar nas leis do totemismo, as leis proibitivas sobre o totem.