Suicídio na infância

O suicídio na infância diz respeito ao facto de acabar com a própria vida em crianças compreendidas entre os zero e os dezoito anos.

O suicídio na infância diz respeito ao facto de acabar com a própria vida em crianças compreendidas entre os zero e os dezoito anos. A tendência, de acordo com os estudos acerca do tema é que aconteça, maioritariamente, até aos nove anos de idade.

De acordo com os estudos de Lemos e Salles (2015) a definição de suicídio, procurando os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), diz respeito ao ato intencional de acabar com a própria vida.

Várias são as razões que podem levar alguém a suicidar-se, no entanto, a violência, em geral, seja de que tipo for, é, em termos de faixa etária, transversal, enquanto fator impulsionador, o que faz com que as crianças utilizem diferentes métodos para colocar termo à vida, por este motivo (Sousa, Santos, Silva, Perrelli, & Sougey, 2017).

No caso das crianças, principalmente, entre os zero e os nove anos, os poucos estudos acerca do assunto demonstram que o suicídio acontece, maioritariamente por enforcamento, utilização de medicamentos, objetos cortantes, afogamento, entre outros (Lemos, & Salles, 2015). Vale indicar que existem diferenças de género pelo que se observa que as meninas tendem a procurar mais o suicídio por meio de medicamentos e os meninos por meio de enforcamento (Lemos, & Salles, 2015).

Importa ainda ter em cada vez mais linha de conta que, quando se fala em suicídio infantil, portanto, por um fim à vida na fase infantil, referimo-nos a crianças que se encontram num estado de sofrimento psíquico extremamente elevado e que pode ter motivos variados tais como, por exemplo, separação dos pais, problemas escolares e comunitários (Lemos, & Salles, 2015).

 A fase de transferência da infância para a adolescência, por vezes, também leva a dificuldades na adaptação a todas as mudanças, o que faz com que o risco também possa aumentar significativamente (Sousa, Santos, Silva, Perrelli, & Sougey, 2017).

Alguns dados mostram ainda que doenças mentais de familiares, podem também aumentar a probabilidade do suicídio infantil (Lemos, & Salles, 2015).

Conclusão

Apesar da escassez de estudos acerca do suicídio infantil podemos perceber que na maioria das vezes está associado às relações estabelecidas com as pessoas mais próximas, tais como os pais, em caso, por exemplo, de separação, e também que, como em todas as idades, a violência parece funcionar com um gatilho para o flagelo. Encontramos vários métodos que as crianças usam para o fazer tais como medicação, enforcamento, afogamento, entre outros. Por esse motivo é imprescindível que os estudos acerca do assunto sejam mais incidentes já que a taxa de suicídio infantil tem sido vista como cada vez mais alta com o passar dos anos.

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References:

  • Lemos, Milena Fiorim de Lima, & Salles, Andréia Mansk Boone. (2015). Algumas reflexões em torno do suicídio de crianças. Revista de Psicologia da UNESP, 14(1), 38-42. Recuperado em 29 de julho de 2019, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-90442015000100004&lng=pt&tlng=pt;
  • Sousa, G.S., Santos, M.S.P, Silva, A.T.P, Perreli, J.C.A, & Sougey, B.B. (2017). Revisão de literatura sobre suicídio na infância. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/csc/v22n9/1413-8123-csc-22-09-3099.pdf
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