Conceito de Memória
A nossa memória é, globalmente, pensada como sendo um grande armazém de informação, no entanto esta depende amplamente da forma como somos capazes de recuperar essa mesma informação. A memória funciona como uma rede sensorial, onde a informação está toda associada entre si.
Existem três etapas centrais na memória: a codificação (o modo como se codifica a informação está fortemente implicado na forma como esta vai ser utilizada, ou seja, a memória é intensificada quando o contexto de recuperação é idêntico ao de codificação – evocação), a retenção (para que a informação não se perca e a memória não fique limitada é necessária a repetição; sem repetição torna-se difícil a memória a curto prazo, nem há passagem da memória a curto prazo para longo prazo) e a recuperação (a informação pode ser evocada livremente, pode ser serial, ou seja a informação é evocada na ordem na qual foi apresentada, e guiada – apresentam-se pares de estímulos, p.e. palavras, e na tarefa de evocação apresenta-se uma palavra e o sujeito tem de dizer a outra).
O esquecimento faz parte da memória, no entanto, esquecer não significa perder traços de memória.
A memória humana é extremamente sensível às pistas que usa. Assim, se as pistas usadas para processar a informações forem úteis e se estiverem posteriormente presente no momento da evocação, a memória será otimizada.
A memória organiza-se segundo uma estrutura: sensorial, memória a curto prazo (memória de trabalho) e memória a longo prazo (associação ao tempo), e tem vários registos, podendo ser episódica (lembranças de eventos que aconteceram connosco, descrevem episódios das nossas vidas), semântica (descreve o nosso conhecimento organizado do mundo) e procedimental (relacionada a uma componente motora da realização).