O abuso sexual de menores diz respeito à agressão sexual realizada contra alguém menor de idade e que, habitualmente, desencadeia várias consequências de desenvolvimento para o infante.
De acordo com Camões (s.d.) o abuso sexual de menores diz respeito à agressão ao bem-estar dos mesmos, com implicações do ponto de vista legal e social que pretendem proteger a criança e controlar os predadores.
Um dos maiores problemas que os profissionais encontram para lidar e resolver este tipo de crime, é o facto de, não só, muitas vezes o mesmo acontecer dentro do meio familiar como, o silêncio que é tão comum encontrar por parte da vítima, por medo da denúncia e das consequências provenientes da mesma (Camões, s.d.).
Na mesma linha teórica Damásio (2013) faz referência ao facto de que a família é, ou deveria ser, um meio de proteção da criança, o que significa que, quando esta proteção não acontece e encontramos cenários de abuso sexual, desenvolvem-se na mesma sentimentos muito controversos e difíceis de ajustar. Falamos do facto de uma situação traumática trazer sentimento de culpa, de medo, de vergonha, de raiva, de prazer que provocam confusão e mal estar (Damásio, 2013).
Trata-se, aqui, de um assunto muito delicado, uma vez que, quando se fala em abuso sexual contra menores, a partir do momento em que se recorre ao poder judicial, o mesmo tem por norma ser bastante moroso e demorado, o que faz com que se interprete uma certa insensibilidade por parte das autoridades competentes (Camões, s.d.).
Outra questão de enorme importância é a preocupação em conseguir que a vítima não desenvolva sentimento de culpa, tão habitual neste tipo de crime (Camões, s.d.; Damásio, 2013).
Segundo Damásio (2013) falamos de uma situação em que a criança se vê ameaçada por alguém que, na maioria dos casos, deveria ser fonte de proteção e prestação de cuidados.
Normalmente, o agressor trata-se de alguém com poder para com a vítima, já que, a maioria dos registos demonstra dados em que o mesmo é bastante próximo da mesma, o que lhe facilita a capacidade para a intimidar por meio de chantagem emocional ou mesmo ameaça (Camões, s.d.).
Para além da relação delicada com o agressor, também os restantes elementos próximos da vítima, muitas vezes, como forma de fuga, apesar das suas suspeitas em relação ao abuso, negam o mesmo, não querendo aceitar a realidade e distorcendo a sua própria percepção (Damásio, 2013).
Conclusão
O abuso sexual de menores torna-se bastante delicado devido aos contornos a ele associados. Os estudos demonstram que a maioria dos registos nos fornece dados acerca de agressores bastante próximos da criança, não pouco comum, sendo alguém dentro do próprio seio familiar. Na maioria dos casos afetam o desenvolvimento da criança abusada uma vez que a mesma passa por situações muito controversas, no entanto, uma das consequências mais comuns a este tipo de crime, é o sentimento de culpa que a criança desenvolve dentro de si.
References:
- Camões, C. (s.d.). VIOLÊNCIA SEXUAL EM MENORES. PT – O PORTAL DOS PSICÓLOGOS. Disponível emwww.psicologia.pt/artigos/textos/A0245.pdf
- Damásio, V. (2013). Abuso sexual de menores no seio da família. Oficina de Psicologia. Recuperado em 25 de novembro de 2018 de https://www.oficinadepsicologia.com/abuso-sexual-de-menores-no-seio-da-familia/