Jornalismo Digital

O jornalismo digital é um fruto dos veículos nativos digitais. Existe em diversos formatos: videojogos, realidade virtual, vídeos 360, etc.

O termo jornalismo digital refere-se ao jornalismo praticado exclusivamente para plataformas digitais e com técnicas de Otimização pra Motores de Busca ou Search Engine Optimisation (SEO). Difere-se do ciberjornalismo por uma série de motivos.

Algumas pessoas confundem as práticas do ciberjornalismo com o jornalismo digital. O primeiro surgiu na transição do analógico para o online e tinha como foco o texto, o hipertexto e a criação do conteúdo mais interativo. O segundo é o jornalismo que emergiu com o surgimento dos jornais nativos digitais (Nicholls e Nielsen, 2016).

No jornalismo digital, as preocupações são apenas com formatos e públicos provenientes das plataformas digitais. Muitos jornais são escritos diretamente em EPUB. A forma de escrita também diverge um pouco, já que não são apenas sítios na internet e, sim, partes de aplicações, videojogos, intertextos, etc.

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SEO

Por isso, no jornalismo digital, é comum o uso de técnicas SEO para que as hiperligações apareçam nas primeiras opções das buscas do Google. Também para que tenham um melhor posicionamento dentro de redes sociais. Por que? Porque o jornalismo digital sobrevive apenas do conteúdo que está online e em formato digital.

Quanto mais acesso uma página da web recebe, mais rendimentos ela trás para os veículos de comunicação. O maior desafio do jornalismo digital é sobreviver financeiramente. Por isso, além do SEO, muitos Media praticam também crowdfunding.

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Crowdfunding no jornalismo digital

O crowdfunding é o financiamento coletivo através da obtenção de capital de múltiplas fontes. O objetivo é criar iniciativas de interesse coletivo, agregando inúmeras pessoas interessadas (Deuze, 2017).

No jornalismo digital, o crowdfunding acabou por criar um novo estilo de jornalismo. Ou seja, as pessoas financiam projetos que são de seu interesse, o que acaba por gerar novos tipos de reportagens e escolha de tópicos em conselhos de redacção muito mais distintos que antes.

É a disseminação da ideia do glocal. Fala-se de temas muito locais, porém com abrangência global, como a fome, a seca, o desemprego, a crise, etc. Ao mesmo tempo em que temos personagens, não importam estes personagens, porque eles poderiam ser qualquer pessoa.

Emoção e sensacionalismo

A identificação no jornalismo digital e a emoção criaram um novo nicho sensacionalista. As redes sociais facilitaram a disseminação de notícias com apelo emocional. Algumas notícias, vídeos e conteúdos acabam inclusive por se tornar repetitivos ou virais.

O sensacionalismo viral basicamente é a quando um conteúdo local atinge um nível global e fica em destaque por muito tempo. Pode ser horas, dias, semanas, meses ou anos.

O aspeto visual do jornalismo digital é envolvente. Tanto é que já existem reportagens com recursos como a realidade virtual e os vídeos em 360 graus (Newman, 2016). Há trinta anos atrás isso seria impensável no jornalismo.

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Social Media

Newman (2016) aponta que, hoje em dia, 72 por cento dos espanhóis estão conectados no Facebook. E 60 por cento deles utiliza a ferramenta como principal fonte de leitura de notícias. No mesmo estudo, 40 por cento dos franceses também assumiram buscar informar-se apenas pelo Facebook (Newman, 2016).

O Reino Unido é hoje a região que mais gasta com publicidade em plataformas digitais. De todos os Media pesquisados, 51 por cento do investimento vai para o jornalismo digital. De acordo com Newman (2016), é uma parcela duas vezes maior que a televisão e os jornais analógicos.

Os maiores do jornalismo digital

Os maiores veículos nativos digitais atualmente em ascensão são, conforme a investigação de Newman (2016) na Europa, The Huffington Post (de diversos países), Les Jours, Mediapart, Correctiv, Krautreporter, El Confidencial, El Español, The Bureau of Investigative Journalism e The Canary.

Há ainda muitos veículos americanos e brasileiros que crescem cada dia mais. Entre as plataformas mais utilizadas, os telemóveis já se apresentam parelhos com os computadores portáteis. Os tablets vêm em terceiro lugar, mas não menos importantes (Newman, 2016).

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References:

Deuze, Mark. (2017). Considering a possible future for Digital Journalism. Revista Mediterránea de Comunicación. 8.

Newman, N. (2016). Digital News Report 2016. 5. Retrieved from http://www.digitalnewsreport.org/.

Nicholls, T., Shabbir, N., & Nielsen, R. K. (2016). Digital-born news media in Europe. Retrieved from Oxford.

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