Este artigo é patrocinado por: «A sua instituição aqui» |
Amor fati é uma expressão estoica que significa, “amor pelo destino”. Porém, ficou conhecida popularmente como conceito filosófico no pensamento de Friedrich Nietzsche.
Em Nietzsche, podemos traduzir de modo mais apropriado por – amor pelo fato, pelo acontecimento:
“Quero cada vez mais aprender a ver como belo aquilo que é necessário nas coisas – assim me tornarei um daqueles que fazem belas coisas. Amor fati [amor ao destino]: seja este, doravante, o meu amor! Não quero fazer guerra ao que é feio. Não quero acusar, não quero nem mesmo acusar os acusadores. Que minha única negação seja desviar o olhar! E, tudo somado e em suma: quero ser, algum dia, apenas alguém que diz Sim!” (A Gaia ciência, p. 166).
Amor fati é também amor pelo que há de necessário nas coisas e pelo que não pode ser previsto. É amar mesmo o desconhecido e o incompreensível. Para Nietzsche, ele é uma espécie de fórmula que apresenta a grandeza do homem, porque aquele que afirma o amor fati não quer nada diferente, nem sobre o seu passado e nem sobre o seu presente ou mesmo para toda a eternidade. O que significa, portanto, não simplesmente suportar a vida, mas vivê-la intensamente como ela se apresenta – nunca a nega e sempre considera o eterno retorno da mesma. Aquele que afirma o amor fati, tem a coragem de lidar, a cada segundo de sua vida, com o conflito que é a escolha de cada situação; e não atribui isso nem a Deus, nem a moral estabelecida, nem a ninguém. Este homem entende que, independente da sua história, existe um instante supremo e que neste instante é o seu gesto que determina, que escolhe.
Saiba mais sobre Nietzsche:
References:
GIACÓIA, Oswaldo. Nietzsche O humano como memória e como promessa. Petropólis: Vozes, 2013.
MACHADO, Roberto. Artigo: A alegria e o Trágico. Leituras de Zaratustra. Rio de Janeiro: Mauad X: Faperj, 2011.
NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia ciência. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.