O sacro é um osso de configuração triangular, que resulta, nos adultos, da fusão de 5 vértebras sagradas. Durante a infância, as vértebras sagradas estão conectadas através de cartilagem hialina e separadas por discos intervertebrais, começando a fundir-se depois dos 20 anos. A sua forma triangular corresponde a uma consequência da diminuição súbita do volume das massas laterais das vértebras sagradas, no decorrer do processo de desenvolvimento.
O sacro localiza-se entre os ossos da bacia e forma a parede posterior da cavidade pélvica. Providencia força e estabilidade à pélvis, transmitindo o peso do corpo para a cintura pélvica. No sacro existe um canal que corresponde à continuação do canal vertebral e que contém os nervos que surgem inferiormente de L1, também designados de cauda equina.
O sacro é constituído por uma base, um vértice e duas faces, a pélvica e a dorsal.
A base do sacro é formada pela superfície superior de S1, onde os seus processos articulares superiores articulam com os processos articulares inferiores de L5. Da articulação entre S1 e L5, resulta o ângulo lombosagrado, que varia entre 130° a 160ᵒ, normalmente maior na mulher do que no homem. O bordo anterior que se projeta do corpo de S1 designa-se de promontório do sacro, muito importante na obstetrícia.
O vértice do sacro corresponde à superfície onde este termina, apresentando uma faceta oval que articula com a base do cóccix.
A superfície pélvica é lisa e côncava e apresenta 4 linhas transversais, que indicam os locais de fusão das vértebras.
A superfície dorsal, ao contrário da superfície pélvica, é convexa e rugosa, marcada por 5 cristas proeminentes, uma central, duas intermédias e duas laterais. A crista central representa a fusão dos processos espinhosos das vértebras, as duas intermédias correspondem à fusão dos processos articulares e as duas laterais dizem respeito à fusão dos processos transversos.
References:
Moore, K. L., Dalley, A. F., Agur, A. M. R. (2014), Clinically Oriented Anatomy (7th edition) Baltimore: Lippincott Williams& Wilkins (Chap. 4, pp 451)