Internet das Coisas ou IoT é o termo que serve para descrever um cenário em que numerosos objetos comuns estão ligados à Internet e comunicam entre si, transmitindo dados.
A expressão Internet das Coisas é a tradução literal da expressão em inglês Internet of Things e significa que há (ou pode haver) Internet em todas as coisas, pois a Internet das Coisas é, em suma, uma extensão da Internet atual, que proporciona a diferentes objetos do dia a dia com capacidade para comunicarem, uma ligação à web. Essa ligação permite não só o controlo remoto desses objetos, mas também permite que os próprios objetos possam ser acedidos como provedores de serviços, por exemplo. Objetos como smartphones, consolas, computadores, camaras de vigilância, smart TVs, sistemas de som, eletrodomésticos e até brinquedos!
Tecnologias da Internet das Coisas
A Internet das Coisas é composta por vários tipos de tecnologias, sendo que existem três componentes que precisam de ser conjugados para termos uma aplicação de IoT: dispositivos, redes de comunicação e sistemas de controlo.
Dispositivos – Vão de objetos de maior porte, como prédios e automóveis, a objetos pequenos, como lâmpadas e relógios, todos equipados com materiais de comunicação como chips, sensores, antenas, etc.
Redes de comunicação – São as tecnologias como wifi e bluetooth que podem ser usadas para a Internet das Coisas.
Sistemas de controle – Os dados que um dispositivo recebe ou envia para a Internet precisam de ser processados e enviados para um sistema que os trate, seja um serviço na “nuvem” que garanta o acesso a partir de qualquer lugar, seja um sistema de comunicação Big Data, entre outros.
Utilização da Internet das Coisas
Os objetos ligados à Internet podem ficar mais eficientes ou receber atributos complementares. Nesse sentido, um frigorífico com Internet, por exemplo, pode avisar quando um alimento está perto de acabar o prazo de validade. Um sistema de aquecimento pode verificar na Internet quais são as condições climatéricas na zona e ajustar o ar condicionado à temperatura ideal. E há muitos mais exemplos de objetos comuns que se podem ligar à Internet e comunicar com outros, sempre que necessário. Por exemplo, o sistema de aquecimento pode enviar informações para o smartphone do utilizador através de um aplicativo específico que permita a visualização de relatórios que mostrem como o ar condicionado está a funcionar, só a título de exemplo.
Mas a Internet das Coisas não se refere apenas a objetos para o lar ou para o escritório. Há aplicações não ligadas ao ambiente doméstico em que o IoT pode trazer benefícios a nível de produtividade ou diminuir custos de produção, como por exemplo:
Hospitais – Os doentes podem usar dispositivos ligados à Internet para medirem batimentos cardíacos e os dados recolhidos podem ser enviados em tempo real para o sistema hospitalar.
Serviços públicos – Sensores em lixeiras podem ajudar os municípios a otimizar a recolha de lixo.
Transportes – A localização de determinado autocarro pode ser conhecida pelo smartphone do utilizador.
Lojas – As prateleiras podem informar em tempo real quando determinado produto está em falta.
Logística – Os dados de sensores instalados em camiões podem ajudar uma empresa a definir as melhores rotas, escolher os caminhões mais adequados para determinada área, etc.
Fábricas – A produtividade das máquinas pode ser medida em tempo real.
Agropecuária – Sensores espalhados em plantações podem dar informações precisas sobre a temperatura, humidade do solo, probabilidade de chuva, vento, etc.
Utilização da Internet das Coisas pelas empresas
A tecnologia tem hoje uma taxa de adoção tão grande que a IoT se está a tornar numa ferramenta dos profissionais de Marketing Digital que a usam para se envolverem com os seus clientes, pois os consumidores estão viciados em ligações à Internet: no telefone, automóvel, televisor, casa e em tantos outros dispositivos. Esta rede que liga os dispositivos somada à Inteligência Artificial dá maior autonomia aos objetos tornando-os cada vez mais úteis, pois já lá vai o tempo em que o telemóvel servia só para telefonar.
Ao saberem mais sobre a forma como os equipamentos são utilizados pelos consumidores, as empresas conseguem gerar novas oportunidades de negócio.
Estima-se, inclusive, que venham a existir 50 mil milhões de sensores ligados à Internet das Coisas em 2020 e mais de 200 mil milhões de “coisas” na Internet em 2030. Com tudo ligado, aumenta a eficiência dos dispositivos, a vida das pessoas fica simplificada e, claro, geram-se oportunidades de negócio. É por esse motivo que as empresas têm adotado estratégias de marketing que incluam a IoT, como por exemplo no Mobile Marketing. Há muito tempo que o acesso à Internet através dos dispositivos móveis já ultrapassou o desktop e isso faz com que alguns critérios tenham que ser considerados na hora de otimizar um site, por exemplo. Um deles é a inclusão definitiva dos dispositivos mais pequenos nas estratégias de marketing, pois os sites responsivos tendem a conquistar os melhores lugares nos motores de pesquisa e a angariar mais leads. Assim, as empresas já começaram a pensar em formatos responsivos de modo a proporcionar uma experiência positiva aos utilizadores que navegam na web através de dispositivos móveis, tomando em linha de conta que o layout da página deve estar adaptado à resolução do ecrã, mesmo aos ecrãs mais pequenos.
Possíveis riscos da Internet das Coisas
Este cenário em que quase todos os objetos estão ligados entre si acarreta riscos, particularmente a nível da segurança e privacidade. Se um sistema de segurança de uma residência, por exemplo, for desligado devido a uma falha de software ou a um vírus malicioso, os proprietários ficam a braços com alguns transtornos. Mas há panoramas piores: se os semáforos de uma cidade estivem ligados à Internet e forem desligados devido a problemas técnicos, cria-se o caos no transito, já para não falar de possíveis acidentes.
Face aos riscos, a Internet das Coisa carece de uma indústria forte, capaz de garantir a qualidade dos seus serviços: rápida recuperação em casos de falhas ou ataques, proteção de comunicações, definição de normas de privacidade e confidencialidade de dados, etc. Este é e será sempre um trabalho em constante desenvolvimento, mas que deve ser, acima de tudo, transparente de modo a que empresas e os particulares estejam conscientes dos riscos associados às soluções de IoT.