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Apresentação do Manual de Oslo
O Manual de Oslo é a designação dada a um documento produzido pela OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, em conjunto com o Eurostat, para servir de referência aos métodos utilizados para produzir estatísticas respeitantes à Investigação & Desenvolvimento, delimitando a extensão daqueles conceitos e tem como objetivo harmonizar os conceitos de I&D, para proporcionar o desenvolvimento de informação estatística comparável entre diversos países.
Tipos de Inovação
O Manual distingue quatro tipos de inovação: produto, processo, marketing e organizacional.
- Inovação de produto – é necessária a introdução de uma melhoria significativa nas características do produto ou serviço, como por exemplo a melhoria das especificações técnicas, componentes e materiais, alterando as características funcionais do produto.
- Inovação de processo – pressupõe um método de produção ou distribuição novo ou significativamente melhorado através (por exemplo, da introdução de novos equipamentos de automação em uma linha de produção ou novos métodos de distribuição). Esse tipo de inovação altera as características de produção/distribuição, mas não altera necessariamente características funcionais do produto.
- Inovação de marketing – está relacionada com mudanças na concepção, comunicação, posicionamento e promoção dos produtos e serviços.
- Inovação organizacional – está relacionada com a introdução de novas e inovadoras práticas de gestão e de negócio da empresa.
Como surgiu o Manual de Oslo
O Manual de Oslo, tal como o Manual Frascati, constituem diretrizes para recolher e interpretar dados e estatísticas sobre inovação. O Manual de Oslo tem o objetivo de orientar e padronizar conceitos, metodologias e construção de estatísticas e indicadores de pesquisa de investigação & desenvolvimento nos países da OCDE.
A primeira edição do Manual de Oslo data de 1990, tendo sido posteriormente sujeito a várias atualizações. De facto, ao longo do tempo a natureza e o panorama da inovação mudaram, assim como a necessidade de indicadores que apreendem tais mudanças e ofereçam aos decisores políticos os e instrumentos mais apropriados de análise. Um trabalho considerável foi realizado durante os anos 1980 e 1990 para desenvolver modelos e estruturas de análise para estudos sobre inovação. O manual, cuja primeira versão estava centrada na inovação tecnológica de produto e processo (TPP) na indústria de transformação, tornou-se numa referência para várias pesquisas que examinaram a natureza e os impactos da inovação no setor comercial. Os resultados dessas pesquisas levaram a refinamentos na estrutura do Manual de Oslo em termos de conceitos, definições e metodologia, originando a segunda edição publicada em 1997, que, entre outros aspetos, expandiu o tratamento para o setor dos serviços.
Família de Manuais dedicados à Inovação
O Manual de Oslo constitui parte de uma família de manuais dedicada à mensuração e interpretação de dados relacionados a ciência, tecnologia e inovação. Esse material compreende manuais, diretrizes e guias sobre investigação & desenvolvimento (Manual Frascati), indicadores de globalização, patentes, a sociedade da informação, recursos humanos em C&T (Manual Camberra) e estatísticas de biotecnologia.
Preparada com o patrocínio da OCDE e da Comissão Europeia (Eurostat), a terceira e última edição do Manual de Oslo é o resultado de um processo colaborativo de três anos que envolveu o Grupo de Trabalho de Especialistas Nacionais da OCDE em Indicadores de Ciência e Tecnologia (OECD Working Party of National Experts on Science and Technology Indicators – NESTI) e o Grupo de Trabalho do Eurostat em Estatísticas de Ciência e Tecnologia (Eurostat Working Party on Science, Technology and Innovation Statistics – WPSTI) assim como vários outros especialistas externos. Este Manual oferece diretrizes para a recolha e a interpretação de dados sobre inovação de maneira internacionalmente comparável.
References:
http://www.finep.gov.br/