Volatilidade (de títulos)

A volatilidade financeira é geralmente entendida como uma medida de variabilidade dos preços de um ativo em relação à sua média e durante um intervalo de tempo.

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Conceito de Volatilidade

A volatilidade de um título pode ser entendida como uma medida de variabilidade dos preços de mercado desse mesmo título em relação à sua média durante um intervalo de tempo. Esta medida é calculada geralmente através da variância ou do desvio padrão anualizado da variação percentual das cotações diárias, semanais, mensais ou até mesmo dos dados de alta frequência, sendo expressa sob a forma de percentagem. Esta medida é muitas vezes usada para quantificar o risco de investir ou de deter um ativo cotado nos mercados financeiros durante um determinado período de tempo. De facto, ao medir a dispersão dos rendimentos do título e comparando-a com a dispersão dos rendimentos do conjunto de títulos comercializados no mesmo mercado, a volatilidade traduz a incerteza do investimento, revelando-se por isso como um importante instrumento de gestão do risco, seleção de carteiras, ou derivação de preços.

Tipos de volatilidade

São vários os métodos existente para determinar o valor da volatilidade, e cada especialista utiliza o que considera mais adequado para cada situação em concreto. Importa também referir que existem algumas aproximações à volatilidade e que uma vez que podem surgir algumas confusões entre elas, nomeadamente devido à existência de vários tipos de volatilidade: Histórica ou Estatística, Implícita e Futura ou Previsional.

Volatilidade histórica ou estatística

A volatilidade histórica ou estatística mede as flutuações nos preços ocorridas num tempo passado, sendo geralmente utilizada como medida de risco total de determinado título ou ativo financeiro. Este tipo de volatilidade ajuda fazer previsões e a formar expectativas quanto aos seus valores futuros com base num histórico passado. Convirá contudo destacar que poderá tornar-se limitador na sua estimativa pois os valores históricos dificilmente se repetem. De facto, a volatilidade histórica faz parte do passado e não reflete necessariamente os acontecimentos do futuro. Pode-se dizer que a volatilidade histórica é o ponto de partida para a tentativa de estimar a volatilidade futura.

Volatilidade implícita

A volatilidade implícita é um conceito que se aplica apenas aos contratos de opções, e indica aquilo que o mercado avalia naquele momento sobre a volatilidade das opções em causa. É também uma aproximação útil quando se pretende comparar os preços das opções para preços de exercício e maturidades diferentes, sendo essencialmente utilizada para efetuar estratégias e avaliações de opções e não para cobertura do risco. O modelo utilizado geralmente para medir a volatilidade implícita é o Modelo de Black-Sholes, no qual a variável a calcular é representada pela volatilidade, o prémio da opção uma variável explicativa, e o o preço do mercado da opção um input do modelo. Geralmente é utilizado um preço das opções no fecho; contudo, a utilização de um valor médio dos preços bid e ask, ou seja, os preços de compra e de venda, torna-se mais rigorosa. Quando o nível de volatilidade implícita desce o preço da opção também tende a descer e vice-versa, verificando-se existir uma forte correlação entre os preços e a volatilidade.

Volatilidade futura ou previsional

O cálculo da volatilidade futura ou previsional tem sido uma das grandes dificuldades que os especialistas lutam por ultrapassar. De facto, existe uma grande dificuldade em estimar o preço do ativo subjacente para o período da opção até ao seu termo, dificultando o cálculo da sua volatilidade futura. Contudo, e porque uma gestão adequada do risco de uma carteira exige uma boa previsão das variações dos preços dos ativos no mercado, pois quanto mais incerto estiver o mercado, maior será a variabilidade dos preços e maior a variância dos rendimentos, torna-se imprescindível desenvolver novos modelos que permitam uma adequada avaliação da volatilidade futura..

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References:

Silva, Miguel (2013). Bolsa – Investir nos Mercados Financeiros. 1ª Ed. Lisboa: Bookout.

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