Risco pode ser definido como a probabilidade de ocorrência de alguns acontecimentos desfavoráveis. Consiste na incerteza gerada quanto aos rendimentos gerados por uma aplicação financeira e na variabilidade potencial do rendimento esperado.
Tipos de risco
Risco cambial – refere-se ao risco de uma qualquer entidade por deter ativos em determinada moeda, estando assim exposta a uma variação da taxa de câmbio daquela moeda.
Risco contigencial – estes riscos advêm da intervenção das instituições em atividade fora do balanço – designadas por extrapatrimoniais – que incluem, nomeadamente, garantias, facilidades standby e back-up lines, transações em futuros e operações de swaps de taxa de juro ou taxa de câmbio.
Risco de correlação – possibilidade de perda numa operação de cobertura, causada pelo facto de não existirem contratos de futuros sobre o ativo a cobrir e ser necessário efetuar o hedging em contratos de futuros sobre ativos correlacionados.
Risco de crédito – corresponde ao conjunto de riscos que uma entidade corre devido à possibilidade de não cumprimento ou incumprimento no pagamento de juros por parte de um devedor – designado por contraparte. Este tipo de risco pode resultar de:
- falha em um pagamento de juros quando vencer (ou dentro de um período específico),
- impossibilidade para fazer o pagamento do principal quando vencer e para cumprir qualquer outra condição do empréstimo;
- falência.
Risco de liquidez – inclui todas as situações de risco associadas ao facto de uma instituição não poder conseguir cumprir os seus compromissos pela impossibilidade em transformar em meio de troca – dinheiro – os seus ativos em tempo útil e sem custos elevados.
Risco de negócio – agrega o conjunto de riscos que a empresa assume voluntariamente com o intuito de obter uma vantagem competitiva em relação é o risco associado com os fluxos de caixa operacionais. Os fluxos de caixa operacionais não são certos porque nem as receitas e nem as despesas compreendendo estes fluxos de caixa, são. Com respeito as receitas: dependendo das condições econômicas e as ações dos competidores, os preços ou quantidades vendidas (ou ambos) podem ser diferentes daquele que é esperado. Isto é o risco de vendas. Com respeito as despesas: os custos operacionais são compreendidos de custos fixos e custos variáveis. Quanto maior o componente fixo dos custos operacionais, menos uma companhia pode ajustar seus custos operacionais às variações nas vendas. A mistura de custos fixos e variáveis depende largamente do tipo de negócio. Por exemplo, custos operacionais fixos constituem uma grande porção dos custos operacionais de uma linha aérea: não importa quantos passageiros estão voando, a linha aérea ainda precisa pagar taxas de embarque, pagar um piloto e comprar combustível.
Risco financeiro – está associado a como a companhia financia suas operações. Se uma companhia financia com dívida, ela é obrigada legalmente a pagar as quantias compreendidas de suas dívidas quando elas vencerem. Se uma companhia financia seu negócio com capital próprio, ou gerado das operações (lucros retidos) ou da emissão de novas ações, ela não incorre em obrigações fixas. Quanto mais obrigações de custo fixo (dívida) forem incorridas pela empresa, maior é o seu risco financeiro.
Risco regulamentar – referem-se ao cumprimento atempado da regulamentação prudencial, nomeadamente, da que se refere a fundos próprio elegíveis, requisitos de fundos próprios para risco de crédito, concentração de grandes riscos, supervisão em base consolidada, regime de provisões.
Risco de preço (via taxa de juro) – traduz o efeito sobre o valor de mercado da situação líquida, ou seja, a diferença entre o preço ou valor de mercado dos ativos e o preço ou valor de mercado dos passivos. Assim, este risco surge quando variações nas taxas de juro provocam uma variação diferente na avaliação, a preços de mercado, dos diferentes instrumentos que compõem o balanço de uma instituição numa determinada moeda.
References:
Silva. Eduardo Sá; 2009. Finanças e Negócios Internacionais, 2ª Ed, Porto: Vida Económica.